...muito se tem dito nos últimos dias sobre a tragédia que ocorreu na semana passada com uma embarcação de pesca na Nazaré. Afirma-se que os dispositivos de socorro (Marinha - MGP, Força Aérea - FAP) demoraram muito tempo a chegar ao local e que se essa demora não tivesse existido o final poderia ter sido muito diferente. Talvez... Mas antes de mais (não querendo com isto estar a defender a MGP ou a FAP), é necessário ter em conta o tempo de prontidão de cada dispositivo e a localização desses meios de socorro (no caso da FAP, na BA6 no Montijo).
O evitar de uma tragédia não passa somente pelos meios de socorro mas também pelos meios de prevenção que devem existir a bordo. Num dos blocos informativos da SIC foi entrevistado o prof. Carlos Sousa Reis (Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa) sobre as condições de segurança que existem a bordo das embarcações de pesca e o que foi dito é que uma norma de segurança tão básica como o uso de coletes de salvação quando se trabalha no convés não é cumprida.
A prevenção (uso de coletes, dispositivos de GPS e rádio a funcionar correctamente, número de balsas salva-vidas em número suficiente para a guarnição, entre outros) deve ser considerada antes de mais nada. Provavelmente poderia repensar-se a localização das "sedes" dos meios de socorro ao longo de toda a nossa costa... Mas, na minha opinião, talvez a prevenção deva também ser repensada para minimizar ou evitar acontecimentos indesejados...
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