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sábado, janeiro 25, 2014

Passam...


... hoje 10 anos sobre o dia da partida de Miklos Fehér. Provavelmente, o sorriso que mais marcas deixou na memória dos portugueses, fossem eles adeptos do Benfica ou não. Um último sorriso deixado em directo para todos neste mesmo dia em 10 anos antes de cair inanimado no campo e nos deixar. 

Não sou benfiquista. Já várias vezes por aqui referi a minha mais do que assumida simpatia pelo Sporting. Mas existem momentos que não nos podem mesmo passar ao lado. Lembro-me muito bem de ter ido ao Estádio da Luz com a minha mãe, ambas sportinguistas ferrenhas, e de lá ter depositado o meu cachecol do Sporting em sinal de homenagem.

Porque o futebol e as pessoas devem ter esta capacidade. Se colocar de parte os clubismos e as picardias e homenagear quem merece. E o Fehér mereceu e continua a merecer...

terça-feira, janeiro 07, 2014

Sempre...

... ouvi dizer que é nos momentos mais difíceis e na morte que se vê as boas e as más pessoas. É nestes momentos que são tomadas determinadas atitudes que podem ficar na memória para sempre. Por terem sido tomadas em momentos de dor, de choro e de perda ganham toda uma dimensão que, num qualquer outro momento da vida, não lhes seria atribuída a mesma importância.

E a morte de Eusébio, ocorrida neste fim-de-semana, não é uma excepção a esta regra da vida...

Fruto do dia de repouso forçado devido à lesão de que falei aqui e aqui, hoje pude estar mais atenta ao que foi sendo passado nos canais informativos e o que se foi escrevendo nas redes sociais. E, confesso, fico um pouco triste que existam determinadas atitudes e que se escrevam determinadas frases num momento como este. Eu não sou benfiquista, conforme já referi anteriormente. Não sou propriamente fã do Luís Filipe Vieira ou do Jorge Jesus. Também não sou adepta de determinados comportamentos mais fanáticos das claques benfiquistas, mas isso também não o sou no que toca às claques do meu clube e sou a primeira a levantar-me e a condená-los por comportamentos menos correctos. Mas sei separar as águas e reconheço que não seja o momento de ter picardias e rivalidades futebolísticas à flor da pele que manchem as muitas homenagens que têm sido feitas a Eusébio. Independentemente da figura incontornável que ele foi para o Benfica, há que reconhecer que o foi ainda mais como figura do futebol português e mundial de uma época e, sinal disso, são as muitas homenagens e referências em jornalismo que lhe têm sido feitas nos últimos dias mundialmente. É sinal que Eusébio era figura muito acarinhada dentro e fora de portas e que continua a receber o reconhecimento na morte que já recebia em vida.

Mas este não é o momento para dizer, como eu cheguei a ler hoje nas redes sociais, escrito por um benfiquista, que não concordava com a presença do Bruno de Carvalho no funeral de ontem. Os adeptos não têm que concordar ou deixar de concordar com as presenças na última despedida de um homem que tanto fez pelo futebol português. Cada um decide ou não estar presente no último adeus a uma pessoa que parte. Afinal de contas, será que Bruno de Carvalho, cidadão português, era menos do que tantos anónimos que quiseram estar presentes e prestar a sua homenagem no Estádio da Luz, percurso pelas ruas de Lisboa ou no cemitério do Lumiar? Não quero com isto dizer que esta seja a opinião generalizada de todos os benfiquistas mas penso que devem ser colocadas as cores futebolísticas de parte e deve ser louvada a atitude do clube rival da 2ª Circular por se ter feito representar, neste momento, ao mais alto nível, com a presença do seu presidente. Muito também se tem falado da ausência de representantes do Futebol Clube do Porto nesta despedida. É verdade que não estiveram presentes, penso que o deveriam ter estado, mas também não se pode estar a ofender o Pinto da Costa neste momento por não ter referido o nome do Benfica nos rasgados elogios que teceu a Eusébio nas suas declarações após a morte desta estrela. Nem tinha que mencionar... Aqui o mais importante é dar o relevo ao homem e ao jogador que partiu neste fim-de-semana. Não é o Benfica que interessa neste momento como também não o seria o Sporting, se tivesse sido alguém do meu clube a partir por estes dias. Destacar clubes não interessa minimamente. Aqui o que interessa é dar relevo à pessoa que partiu e acho que isso tem sido feito e muito bem feito. 

E muitos outros comentários pude ler durante o dia de hoje... Até sobre o carro funerário que transportou a urna de Eusébio durante todas as cerimónias foram tecidos comentários menos elogiosos. Que se tratava de uma viatura de luxo, que estamos em crise, quem é que estava a pagar todos aqueles luxos e a funerária de luxo... Não é momento... Obviamente e tenhamos os pés na terra... Claro que o Benfica deve ter suportado todas as despesas com o funeral mas ninguém tem nada a ver com isso ou com os serviços que foram ou não disponibilizados neste dia. Não podemos ser pequeninos e estar a criticar coisas destas num momento de perda para Portugal. Existem exemplos muito mais importantes e flagrantes de desperdícios de dinheiro no nosso País, seja no público ou no privado, para estarmos agora a reparar naquilo que foi colocado à disposição para a realização deste último adeus. É de uma pequenez atroz e assustadora ler estes comentários completamente desnecessários e descabidos. Mas se calhar sou eu que tenho uma visão deturpada das coisas...

Não podemos ser pequeninos. Num momento que deveria ser de união entre todos os portugueses que amam verdadeiramente o futebol e o desporto, tenho pena que surjam tantas vozes como estas que criticam por criticar e destilam veneno por todos os poros. Mas, muito provavelmente, tratam-se de pessoas que dizem que amam o futebol por dizer e não o sentem verdadeiramente. Não respeitam esta modalidade desportiva da forma que deve ser respeitada. Porque as atitudes ficam para quem as pratica, é uma grande verdade, mas quem assiste à prática dessas mesmas atitudes também pode ficar revoltado e com pena de não existir mais união.

domingo, janeiro 05, 2014

Partiu...


... esta madrugada Eusébio da Silva Ferreira aos 71 anos. Após os últimos meses atribulados no que toca à saúde, deixou-nos hoje um dos nomes mais relevantes do futebol português que, a par de tantos outros como os Cinco Violinos do Sporting, construiu uma época de ouro para o futebol português e que deixou a sua marca dentro e fora de portas. 

É nestes momentos que devem ser colocados clubismos de parte e deve ser valorizada a pessoa por tudo aquilo que fez pelo nosso futebol e pelo símbolo que foi para muitos jovens levando-os a ser, hoje, verdadeiros apaixonados do futebol. Eu não benfiquista mas não é por isso que tecerei comentários desagradáveis em relação ao Eusébio como já vi por aí nas redes sociais. Acho que preferências de clubes devem ser colocadas de parte e deixar vir ao de cima a solidariedade com quem agora ficou sem um grande símbolo e sem um membro da sua família.

Porque são imagens como esta que devem ficar na memória...


RIP Eusébio