Esta é a única frase que me vem à cabeça de cada vez que oiço falar no final da Companhia de Bailado da Gulbenkian. No dia em que esta companhia faz a sua última apresentação ao público mais uma vez a tristeza invade a minha alma. Apesar de já há muitos anos não dançar, cada notícia que surge deste mundo mágico faz o meu coração acelerar... Desta vez, o meu coração chora por ver desaparecer um grupo que em todos os espectáculos tinha público ansioso por ver as suas interpretações. É pena que outros interesses se sobreponham à cultura neste País. A cultura alimenta a alma embora quem tem o poder não pense assim. E com notícias destas como é que os jovens podem pensar em dedicar-se à dança profissionalmente? É pena que apenas possam ver na dança um hobbie e não uma profissão pois encará-la como meio de subsistência pode sempre tornar-se perigoso. Mas embora com todos estes contratempos, nada impede um jovem bailarino de sonhar e ter esperança... Esperança de ver o seu trabalho reconhecido e de ter oportunidades de trabalho sem ter que ir para o estrangeiro, algo que também acontece em tantas outras áreas como a Ciência e a Medicina (quem não se lembra de António Damásio, médico que nos EUA tem todas as oportunidades de fazer investigação que podia nunca ter em Portugal se não tivesse procurado outras paragens).
Mas pondo um pouco de parte todas as coisas menos boas, a palavra que me vem à cabeça é OBRIGADO. Obrigado a todos os bailarinos da Gulbenkian que sempre nos fizeram sonhar com toda a sua paixão e arte. Até breve! (Assim espero...)
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