Ao...

... deambular por essa blogosfera descobri mais um blog, o music fashion love by Marta RLL. Trata-se de uma blogger que neste momento se encontra a viver em Genebra. Ao ler um pouco do blog e lembrando a (triste) ideia de Passos Coelho de incentivar os jovens a emigrar e a procurar lá fora o que não conseguem alcançar no seu país, dei por mim a pensar... Já tive três oportunidades de ir estudar para fora de Portugal: Alemanha, Espanha e Inglaterra. E não fui para nenhum dos países... Para Espanha, na altura do meu estágio final de licenciatura, não fui por opção própria. Para a Alemanha e Inglaterra não fui por motivos de saúde... Tive a oportunidade de viver experiências de viver num outro país, completamente sozinha, de me desafiar e quis o destino que isso nunca acontecesse. No caso concreto de Espanha e da minha decisão de não ir, acho que pesou bastante o facto de não me imaginar a viver num outro país que não o meu. Acho que esse foi o principal motivo. Não que o local ou o tema não me interessassem (porque tratava-se exactamente do contrário...) mas mais porque sempre pensei em estudar e viver neste meu Portugal. Sem dúvida que a experiência de estudar fora do nosso país e ter a oportunidade de conhecermos outras culturas pode ser verdadeiramente enriquecedora. Ajuda-nos a crescer, a conhecer-nos em momentos de dificuldade e em que não temos o apoio dos nossos pilares mais importantes. Podem perguntar-me... "Arrependes-te de não ter ido?"? Tendo em conta que apenas numa das situações houve oportunidade de eu tomar a decisão, não me arrependo. Se gostava de ter vivido essas oportunidades, posso dizer que gostava mas não é por isso que fico a matutar no assunto e no eterno "e se?". Nada disso! Sou uma pessoa que acredita que as coisas acontecem por uma razão e se eu acabei por não ir para fora, de certeza que foi por um bom motivo. Gosto de acreditar que os desafios e as oportunidades irão surgir sempre. Que se trabalhar com afinco, as boas oportunidades acabam por aparecer porque não é estando "à sombra da bananeira" que elas aparecem. Há que ser positiva! E, acima de tudo, não ficar a pensar no que teria sido determinada fase da nossa vida se os acontecimentos e os destinos tivessem sido outros. Sinto-me bem com as opções que tenho tomado até hoje e sinto-me feliz pela profissão que abracei e pela qual lutei tanto por conseguir. Acho que, no final do dia, é isso que verdadeiramente importa. Sentirmo-nos bem com as nossas opções. E se me sinto bem com a decisão de não fazer a única viagem que esteve ao meu alcance de decidir, isso é o que verdadeiramente importa!