... textos que me deixam a pensar... E, desta vez, foram estas palavras da teardrop. Falava ela da solidão que sente e que tenta sempre esconder. Quantos de nós não vivemos também um pouco assim? De forma mais ou menos pronunciada, acho que ninguém se sente completamente acompanhado. Completamente feliz. O estado de perfeição no ser humano acho-o inatingível. Não quero com isto dizer que duvido das pessoas que se dizem felizes. Nada a ver... Apenas acho que ninguém consegue ser feliz de uma forma perfeita. Acho faltará sempre algo para o estado de felicidade plena. E quanto à solidão... Numa sociedade em que se vive cada vez mais das tecnologias e em que um encontro com os amigos significa, para muitos, estarem todos online no messenger de uma qualquer rede social, acho que são cada vez mais as pessoas que se sentem sós. Que não são capazes de sair da sua zona de conforto para terem encontros reais com outras pessoas. Escondem-se por detrás da tela de um computador com a desculpa de que é mais fácil escrever do que falar olhando olhos nos olhos. Li no outro dia que "quem quer, arruma um jeito; que não quer, arruma uma desculpa" e acho que é bem verdade. Muitas vezes, declinamos este ou aquele convite por preguiça, porque não nos apetece sem pensar se não estaremos a precisar desses momentos fora do nosso casulo... É claro que nem todos os convites nos agradam mas muitos são os convites que mesmo agradando, recusamos tantas vezes. Será que não estamos cada vez mais a cair no mau hábito e a tornar as nossas vidas mais desprovidas de verdadeiros afectos e sentimentos? Nos idos anos 80 do século passado, muitos eram os filmes de ficção científica que mostravam uma sociedade cada vez mais dependente das máquinas e da tecnologia... Não chegámos ao extremo de sociedades robotizadas, como muitos destes filmes mostravam, mas será que não estamos já um pouco demasiado mecanizados e habituados a uma rotina que não nos preenche? Acho que, cada vez, somos pessoas sós por entre a multidão... Demasiado sós... E estamos a caminhar na direcção de um buraco sem fundo caso não coloquemos um pouco de parte esta tecnologia que nós é tão querida. Sair da nossa zona de conforto...
Tens razão (em parte...). Mas é difícil para qualquer pessoa entrar no complicado mundo do trabalho, gerir a sua vida pessoal e ainda reclamar alguns dos direitos (e já agora deveres) que vamos perdendo. Eu, por vezes, sinto-me também assim. Não sabendo bem como será o futuro, aguardando estabilidade laboral, estabilidade amorosa, e tendo a minha família longe (300 e tais kms)... e cá se vai gerindo estas solidões (de dúvidas, de incertezas, de receios - infundados?). Desculpa a longa mensagem e força para este blog. São estes que me fazem (um homem) ler coisas de mulheres. hehehe
ResponderEliminarAntes de mais não precisas de forma alguma pedir desculpa pelo comentário que possa parecer mais longo. Gosto que que passa por aqui diga o que pensa :). Obrigada pela força dada. É ler este tipo de comentários que me dá para força para continuar a escrever mesmo quando o dia possa parecer um pouco mais cinzento :)
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