Neste...

... Domingo de Páscoa recordo o que escrevi no momento em que se soube quem seria o Papa a suceder a Bento XVI. Não vou esconder que, há oito anos atrás, ao saber o nome que saiu do conclave que sucedeu à morte de João Paulo II fiquei um pouco desapontada. Não sei explicar bem porquê mas esperava que fosse outra pessoa, outro nome, a suceder a um dos papas mais marcantes da história da Igreja Católica. Sejamos nós praticantes ou não, o nome de João Paulo II é incontornável por tudo aquilo que fez durante o seu pontificado. Papa muito ligado a Fátima, teve sempre nos portugueses um carinho especial... Seguiu-se-lhe um Papa de origem alemã cujo pontificado parece não ter deixado grandes marcas. Pelo menos, falo por mim...

Segue-se-lhe agora o Papa Francisco num pontificado repleto de estreias. Primeiro Papa jesuíta. Primeiro Papa com o nome Francisco. Primeiro Papa da América do Sul, mais concretamente da Argentina. Nos breves dias que teve este conclave, sempre achei que o novo Papa não seria europeu e que viria, quase de certeza, das Américas. E não me enganei! Muitas esperanças são colocadas neste pontificado. As primeiras declarações mostraram um homem simples, afável, bem disposto e que conseguiu pincelar o seu primeiro discurso com algum humor. Um homem que se apresentou desprovido de luxos e que se tem mostrado coerente em todos os momentos desde o dia em que se apresentou ao mundo como Francisco. E ao comparar as fotografias do anterior Papa com o actual, em situações idênticas de celebrações pascais, não poderíamos encontrar mais diferenças... O luxo em contraponto à simplicidade das vestes brancas. Um rosto fechado em oposição a um rosto que transmite paz. E é assim que espero que continue este pontificado...