domingo, setembro 19, 2010

Mais...

... um livro de Craig Russel que termino de ler, mais uma história que adoro. Já vou no quarto livro deste escritor e tenho gostado muito de todos os livros que já li, tal como já disse aqui sobre "O Irmão Grimm" (curioso... agora me dou conta que não fiz o habitual comentário sobre os outros dois livros, "Águia de Sangue" e "A Canção da Valquíria"... realmente os diferentes momentos da nossa vida podem mesmo alterar hábitos... adiante!). Todas estas quatro obras são passadas na cidade de Hamburgo, a chamada "Veneza do Norte", tendo como personagem principal o inspector de homicídios da Polícia de Hamburgo, Jan Fabel. Em todos eles é contada a história de um serial killer e a forma como cada um deles se move e realiza os seus crimes. Motivos vários. Histórias que me prendem às páginas destes livros. Personalidades alteradas que mudam o rumo de vidas.
No caso concreto do livro "Eterno", o assassino encontra-se bem próximo da equipa de Fabel e, obviamente, é o suspeito menos provável como em quase todos os enredos do género. Amável, culto mas com um demónio no seu interior que condiciona qualquer educação recebida, qualquer ensinamento, qualquer tentativa de ser diferente. De ter uma nova vida. De escrever novas linhas.
Mais uma vez aconselho, para quem gostar deste género de leitura, que procurem os livros de Craig Russel numa qualquer livraria porque vale a pena. É uma forma de escrever que nos prende e que nos desperta o interesse e a vontade de terminar o livro o mais depressa possível. Descobrir o assassino antes que ele faça a sua próxima vítima...
Aqui deixo uma passagem deste livro para despertar o interesse:
"- (...) Pensou que a minha morte lhe traria uma nova vida. Tal como os outros.
- Isso é pura fantasia... - disse Fabel. - Não era a tua morte.
- Ai não? Então porque é que passaste a duvidar do que acreditavas quando começaste à minha procura? A morte não existe; existe apenas a recordação. A única diferença entre mim e a outra pessoa qualquer é que me consigo recordar, como se olhasse através de uma sala envidraçada. Eu lembro-me de tudo. - Fez uma pausa, o silêncio foi quebrado apenas pelo som distante de um carro, num universo longíquo, a atravessar a cidade de Nordenham por trás da estação, a altas horas da noite. - É claro que a história se vai repetir. É isso que a história faz. Ela repetiu-me... És tão orgulhoso por teres estudado História na tua juventude. Mas será que alguma vez a compreendeste realmente? Somos todos variações do mesmo tema, todos nós. Aquilo que antes existiu voltará a existir. Aquele que antes viveu voltará a viver. Uma e outra vez. A história é toda feita de começos. A história faz-se, não se desfaz. "

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