quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Dizem-nos...

... que devem privilegiar-se as relações humanas, a boa educação, a simpatia e o bom atendimento do cliente. Sinceramente? Não acho que as empresas cumpram à letra todos estes princípios. Em dia de greve dos transportes públicos seria impossível não partilhar esta história. Estão a ver uma certa empresa de transportes públicos de uma capital à beira-mar plantada que até pinta as suas viaturas de amarelo? Pois bem... Naquelas carreiras desta empresa em que os percursos são mais pequenos, acaba-se por se chegar à conclusão de que os clientes a utilizarem aquele percursos acabam por ser sempre mais ou menos os mesmos. Os miúdos que vão para a escola, os pais que vão trabalhar e acaba-se por se criar uma simpática relação com os motoristas uma vez que estes acabam, também, por ser sempre os mesmos. Relação esta de tanta simpatia que se chega ao extremo de se perguntar como esta a família e se está tudo a correr bem. Relação de proximidade que fazia com que dois dos motoristas que faziam esta carreira esperassem pelos clientes (utilizadores habituais ou não) que corriam ao final do dia no caminho para casa. Relação quase de família em que o sorriso e o "bom dia" estavam sempre presentes. Mas depois existem sempre pessoas que levam a mal esta forma de estar (para mim correcta) e começam a "mexer os cordelinhos" da pior forma ao ponto de fazerem um abaixo-assinado para que estes dois motoristas especificamente fossem transferidos para outra carreira. E assim o fez a tal empresa das viaturas amarelas da capital à beira-mar plantada (apesar do segundo abaixo-assinado que recebeu para que os dois motoristas não fossem afastados)... E assim se perdeu algo de tão bom nesta carreira! E vejam o carinho especial que estes dois motoristas tinham pelos seus clientes/amigos que pediram para fazerem uma última viagem cada um deles para que se pudessem despedir de quem os acompanhou durante tantas horas dos seus dias. E agora, já ninguém espera de manhã pelo miúdo que se atrasou a tomar o pequeno-almoço. Já não se pergunta como a vida vai... E apenas me ocorre dizer que as relações humanas são menos importante para estas empresas...

9 comentários:

  1. Tens toda a razão! Vá-se lá perceber estas ideologias da treta...

    ResponderEliminar
  2. Onde isto já chegou!!! Agora fazia-se um abaixo assinado para essas pessoas deixarem de andar nesses autocarros. Não se admite empresas aceitarem esse tipo de situações e ainda por cima darem-lhes 'direito de antena'.

    ResponderEliminar
  3. mas a queixa terá partido de mais uma pessoa, se foi só isso é estranho... era dizer que não queria tal intimidade ou assim... estranho

    ResponderEliminar
  4. ohhh :/ coisas tão simples mas que sabem bem**

    ResponderEliminar
  5. :(
    situações difíceis ...
    **

    ResponderEliminar
  6. Eu nem acredito que há mesmo gente que não consegue ver a felicidade dos outros sem querer logo estragar tudo! A sério? Um abaixo assinado por esse motivo?! Não faz sentido nenhum!

    ResponderEliminar
  7. @Autora de Sonhos: não se consegue mesmo perceber...

    @a Gaja: o pior é mesmo isso, é darem-lhes tempo de antena e deixarem que levem a deles a diante. Enfim...

    @Ana Sofia Santos: sim, foi de mais do que uma pessoa. Mas todos nós sabemos que, quando um conjunto de pessoas não simpatiza com alguém e quer atingir os seus objectivos, tem muitas formas de construir as coisas...

    @Palco do tempo, mari: situações mesmo de nos deixar :(

    @Jude: vem tudo ter ao tema de um outro post que tinha escrito há dias. As pessoas não estão bem com a felicidade e o bem-estar dos outros e, se não conseguem atingi-lo, decidem destruir esse bem-estar para que elas próprias se sintam melhor. Sem qualquer sentido, sem dúvida...

    ResponderEliminar
  8. Anónimo5/2/12 19:44

    Olá Fiona, às vezes não se percebe as pessoas. Numa cidade como Lisboa em que as pessoas praticamente não olham umas para as outras, haver um momento em que alguém que encontramos todos os dias, nos cumprimenta, nos pergunta como estamos, provavelmente se não formos um dia ou mais de autocarro pergunta às outras pessoas o que terá acontecido á pessoa x, é uma preciosidade que as pessoas muitas vezes não valorizam. Agora provavelmente nesse autocarro fica apenas o silencio que rompe pelas ruas lisboetas.

    Um abraço

    Pedro Ferreira.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É que não se consegue mesmo perceber as pessoas. Parece que encaram esse momento em que alguém se lhes dirige com um gesto simpático e afável como uma intrusão no seu dia-a-dia ou quase como uma ofensa. Tenho pena que gestoas destes se tenham tornado cada vez mais raros na nossa sociedade e que se permitam coisas destas acontecerem e deixar os dias de algumas pessoas mais tristes. E sim, este autocarro é agora portador de um silêncio triste em que as conversas já não abundam...

      Resto de bom Domingo!

      Eliminar