Muitas...

... vezes sinto que tenho um dedinho que adivinha. Podem achar a coisa mais ridícula do Mundo mas tenho momentos em que parece que adivinho o que se vai passar... Às vezes gostava que este dedinho estivesse mais sossegado e não acertasse em tantas coisas. Prefiro estar no meu cantinho sem grandes ondas porque de revoluções ninguém gosta na sua vida, não é verdade? Se calhar o meu defeito é pensar demasiado nas coisas, se calhar o problema é mesmo esse. Vou pensando, pensando, pensando... E depois o meu Tico e o meu Teco são capazes de chegar as mais brilhantes conclusões...

O ser humano é realmente um animal extraordinário. É capaz das coisas mais complexas e das coisas mais simples. Capaz das reacções mais inesperadas ou mais previsíveis. Somos todos verdadeiras caixas de Pandora à espera de serem abertas para libertar toda a energia que se encontra concentrada. Sou uma eterna desconfiada das pessoas muito certinhas e que nunca perdem a compostura. Aliás, dessas pessoas guardo normalmente uma distância de segurança. Porque as pessoas são como as panelas no fogão. Descabida a comparação? Estranha? Talvez... Mas vejam bem: uma panela que está tapada a cozinhar e cuja pressão interior não é aliviada de tempos, acaba por entornar o seu conteúdo e lá ficamos sem almoço. Quando temos uma panela que se destapa de vez em quando, tudo corre melhor e temos a garantia de haver comidinha para colocar no prato. E assim se passa com as pessoas: aquelas que vão perdendo a compostura de vez em quando e "explodindo" são pessoas mais fiáveis e cujas reacções conseguem ser mais previsíveis e fáceis de lidar. Pelo contrário, se forem pessoas que nunca parecem "sair das marcas"... Aí meus amigos, tenham muito medo! Porque nunca se sabem quais serão as consequências quando o vulcão entrar em erupção!