quinta-feira, julho 05, 2012

Se...

... há algo de que eu gosto muito é de ler livros que puxam pelo meu Tico e pelo meu Teco. Gosto de desafios de leitura e, normalmente, tendo a evitar os livros de leitura mais fácil. Um dos meus últimos livros foi "O Elo de Alexandria" de Steve Berry. Lê-se na nota do autor:
O conflito no Médio Oriente continua incontrolável. É espantoso como as três principais religiões do mundo, o judaísmo, o islamismo e o cristianismo, optaram por venerar o mesmo local em Jerusalém. Ao longo de dois mil anos, estas ideologias em conflito batalharam pela supremacia, mas (...) um nível mais fundamental, essa luta não é pela terra, pela liberdade, nem pela política. Centra-se antes em algo muito mais basilar.
A Palavra de Deus.
Cada uma das três religiões possui a sua própria versão. Cada uma delas acredita fervorosamente que as outras duas estão erradas.
E isso, mais do que qualquer outra coisa, explica o motivo pelo qual o conflito perdura.
O livro de Steve Berry transporta-nos para o Médio Oriente, com uma breve passagem por Inglaterra e pelo tão nosso Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa. Discute-se, tal como em outros dois livros que li recentemente (Ossos Sagrados e O Terceiro Segredo), a possibilidade de a religião católica, tal como a conhecemos hoje, poder residir em princípios totalmente distintos daqueles em que nos querem fazer acreditar. Seja-se ou não religioso (seja ela qual for a religião em causa...), existem assuntos que nos devem colocar a pensar. Quanto mais não seja para que não tomemos por certo toda a informação que nos é passada. E este "Elo de Alexandria" é mais um exemplo de uma leitura que nos pode e deve colocar a pensar. Com a sua escrita sempre bastante emocionante, Steve Berry consegue colocar o dedo na ferida e mostrar que, no fundo, existem três religiões que giram um pouco em torno de uma mesma ideologia, ainda que, com o decorrer dos tempos, possa parecer que rumam em destinos totalmente opostos. E ao ler a nota do autor que aqui transcrevo, os motivos para pensar "porquê?" surjam ainda com mais intensidade. Justificará tudo isto uma luta eterna entre tantos povos apenas porque professam diferentes religiões? Deverá o mundo viver em eterna cisão com base em diferentes credos que, ainda por cima, consideram como seus os mesmo lugares sagrados? Mais uma vez, vale a pena olhar um pouco mais para determinados tempos e puxar pela cabeça...

2 comentários:

  1. olá. não tenhas essa frase feita que o catolicismo está a desviar informações sobre a verdade da religião. eu que estudei teologia posso assegurar-te que não é verdade. depois de leres a bíblia podes ler contradições, mas também coisas tão pueris que te leva a pensar o porquê... e só podes aferir que foi porque era verdade. senão... poderiam mascarar com fenómenos mais extravagantes só para ser mais credível (o que não acontece). desconcertante é ver que os autores actuais só falam do cristianismo. mas não os vejo a "criticar" o islão (por exemplo), porque sabem que terão a cabeça a prémio...

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    1. Eu não tenho qualquer frase feita de que o catolicismo está a desviar informações, conforme dizes. Se existe coisa de que não gosto são frases feitas ou ideias pré-concebidas. Não foi isso que escrevi. Apenas acho que, qualquer que seja a religião em causa ou qualquer área do conhecimento que consideremos, não devemos nunca tomar nada como totalmente certo nem acreditar piamente em toda a informação que nos passam. Devemos ser pessoas críticas e sentirmo-nos desafiados a pensar e a descobrir mais. Devemos ler e procurar compreender o mundo que nos rodeia.

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