sábado, setembro 22, 2012

Estou...

... a assistir ao novo programa do Jamie Oliver na Sic Mulher em que ele tenta alterar hábitos alimentares em escolas americanas. Ver este programa é verdadeiramente assustador pela quantidade de alimentos processados que é dada às crianças. Não é à toa que a obesidade é já a doença deste século e que, no caso das crianças, está a comprometer de forma dramática as gerações futuras. E este problema não é somente nos Estados Unidos que acontece... Também por cá é cada vez mais habitual ver crianças com excesso de peso em tenra idade. Aliás, trata-se de um dos principais problemas das sociedades mais desenvolvidas. 
E serão as crianças as culpadas desta situação? Obviamente que não! São os adultos responsáveis por elas os causadores desta realidade. É muito mais fácil ir ao supermercado e comprar tudo aquilo que a criança pede para evitar as birras em público. Claro que é muito mais fácil mas também muito mais perigoso para a saúde do pequeno ser que se encontra em crescimento e que deverá ter uma alimentação o mais cuidada possível para que consiga construir os alicerces do seu organismo de forma saudável e adequada. São os pais os responsáveis pelas quantidades astronómicas de açúcares refinados e gorduras que colocam nos carrinhos de supermercado e carregam para casa alegremente. Se a criança for habituada desde sempre a ter batatas fritas, refrigerantes e carradas de pacotes de bolachas em casa, claro que irá sofrer ressaca quando não puder comer este tipo de alimentos. Sim, porque também existe ressaca no que aos alimentos diz respeito. Porque o nosso organismo é de hábitos e se algo lhe for retirado, ele ressente-se dessa supressão. Cabe-nos a nós, adultos, cuidar da alimentação dos mais pequenos para que o colesterol não faça parte do dia-a-dia deles. Cabe-nos a nós desafiá-los para actividades ao ar livre em vez de os "afogarmos" em jogos de computador e coisas que os prendam dentro de casa. E os pais, acima de tudo, devem ser fortes e educar os seus filhos de forma a evitar as birras em público quando a criança pede para comprar um pacote de Oreos e lhe é dito que não pode ser. Há que ser mais forte e não ceder pois mais vale a criança ficar contrariada por uns instantes do que ter problemas de saúde graves e irreversíveis no futuro. Vale mesmo a pena mudarmos a mentalidades para que as gerações futuras possam ser saudáveis e amantes da actividade desportiva e da saúde.

4 comentários:

  1. Concordo. No entanto há aqui um ponto a salientar: nem 8 nem 80. Uma criança não deve estar habituada a ter carradas de guloseimas em casa é certo, mas também deve ser dado de vez em quando um doce ou outro. Se privares a criança em pequena de todos os doces, quando ela crescer e tiver oportunidade de comprar isso tudo, ela vai comprar e vai ser uma loucura. E atenção, estou a falar de algo que eu sei bem, quando era pequena não havia bolachas, cereais, iogurtes (sem ser dos de aroma), chocolates ou coisas assim em minha casa. Cresci e quando tive oportunidade era só ver-me a atirar-me a bolos e mais bolos, coisa que nunca existiu em casa. Agora claro já não sou assim, mas privar completamente em criança não é a forma correta de ensinar. Os pais devem conseguir alcançar um ponto de equilíbrio :)

    Beijo ^^

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    1. Essa parte não reflecti no meu post e concordo contigo. Não se deve privar a criança na totalidade de um doce mas deverá ser apenas de vez em quando. Por exemplo, quando era pequena o Domingo era o dia reservado para os doces e guloseimas e acredita que durante o resto da semana nem me apeteciam estas coisas. Quando passei a ser adulta e a comprar as minhas próprias coisas, foram alimentos que nunca existiram cá por casa, a não ser um pacote de bolachas muito esporadicamente. Acho que se houver determinados hábitos desde muito tenra idade, só se tem a ganhar :). Bjs

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  2. Concordo plenamente. Também estive a ver o programa e fiquei chocada com o tipo de alimentação que existia naquela escola, e pior ainda, com a mentalidade das pessoas, que nem são capazes de ver como tudo aquilo faz mal e ainda dizem que não há qualquer problema com aquela alimentação. Quanto à família apresentada é triste ver que só depois de confrontada com o que comem todos os dias da forma mais dura é que conseguem perceber que realmente algo está errado.

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    1. Foi verdadeiramente assustador e dramático assistir aquele programa e ver a forma como os adultos estão a comprometer o futuro daquelas crianças. Obviamente que ao dar a possibilidade a escolher às crianças se querem pizza ou outra coisa, claro que vão optar pela pizza. É algo que lhes dá mais prazer comer. E é algo que também já está a acontecer por cá com cada vez maior frequência por isso há que estar bem atento e tentar fazer regredir este tipo de hábitos.

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