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quinta-feira, março 31, 2016

Olho...

... para a data do último post por aqui, 24 de Agosto de 2014, e até me assusto com todas as mudanças que ocorreram na minha vida desde então. Quem me acompanhava na altura, poderá lembrar-se que eu andava por aqueles dias em processo de escrita criativa para o mestrado e que muito do meu tempo era passado entre livros, artigos, ficheiros de SPSS e de Word. Muitos dados, muitas palavras escritas... E o mestrado concretizado no ano seguinte da melhor forma possível!

O meu mundo mudou muito desde então... E tudo à minha volta está agora consideravelmente diferente... Continuo a mesma sonhadora, com mil projectos e muita vontade de ver sempre o mundo o mais colorido possível...

Este post... Cerca de um ano e meio depois do último escrito por aqui... Assinala as últimas palavras por aqui neste À minha volta... Porque a vida dá muitas voltas e o meu mundo agora está pincelado de uma outra cor... A cor azul de um pequeno príncipe que vem a caminho e ao qual irei dedicar um cantinho. Um cantinho onde pretendo continuar a partilhar as minhas divagações (porque a mãe continua a adorar escrever sobre tudo e sobre nada) e tudo o que esteja relacionado com o pequeno que aí vem.

Obrigada por todo o tempo que me dedicaram a ler neste cantinho... Foi criado em 2005 e foram cerca de nove anos a escrever neste cantinho que sempre foi um pouco a minha casa, onde escrevia sobre tudo e sobre nada...

Se me quiserem acompanhar, passem a procurar pela Nerd Mum e pelo Little Jedi em http://nerdmumandalittlejedi.blogspot.com/. Em breve começarão a ser escritas palavras por lá...

Até breve,

Fiona

segunda-feira, agosto 18, 2014

Em...

... fases de escrita criativa como aquela em que me encontro, gosto de me inspirar nas frases que vou lendo nas minhas pesquisas. Gosto de guardar algumas delas para as usar mais tarde, em jeito de abertura daquilo que vou escrevendo. Esta foi a que mais recentemente me ficou na retina...
The more the military services adapt to family needs, the more committed will be both service members and their families to the institution
Segal (1986)

Se existe algo que acho, infelizmente que as organizações portuguesas ainda não dão o devido valor é à componente familiar de quem nelas trabalha. Por mais que se diga, em muitos ditados, que os assuntos de trabalho devem ficar à porta de casa e vice-versa, é-nos, em determinada fases das nossas vida, difícil de o concretizar. E que ache que nunca o fez que atire a primeira pedra...

A família e o trabalho são, infelizmente, indissociáveis por mais que tenhamos a capacidade de nos conseguir abstrair dos problemas de uma e de outra realidade. O ser humano é assim. Por mais distanciado que possa pretender parecer, lá no seu insconsciente, o que vai acontecendo vai deixando as suas marcas e vai fazendo com que a forma de estar seja alterada e nem sempre da melhor forma...

O quanto eu gostava que a nossa realidade laboral desse mais atenção a isto, que não tem nada de pormenor, e que poderia muitas vezes contribuir para termos melhores profissionais e melhores ambientes familiares.

sábado, junho 14, 2014

Muitas...

... vezes, quando olho o horizonte a partir da minha janela num final de tarde, chego à conclusão que o mundo que nos rodeia tem a capacidade de nos surpreender a cada dia. Surgem-nos, como uma sequência compassada, pontes que necessitamos de atravessar. Algumas delas são pontes bem sustentadas, qual Ponte sobre o Tejo. Que podemos transpor sem dificuldades de maior e sem receio de que o tabuleiro debaixo de nós nos fuja debaixo dos pés qual castelo de cartas a desmoronar-se.

Mas nem todas as pontes são assim...

Quantas vezes nos deparamos com verdadeiros fios de equilibrista que ligam os dois lados de um desfiladeiro perdido na cordilheira dos Andes. Quantas vezes as pontes que surgem diante de nós não se assemelham a um ponta retirada directamente de um filme do Indiana Jones...

Mas não é por isso que vamos recuar...

Pontes. Montanhas. Oceanos... Surgem nas nossas vidas para serem atravessados, transpostos. Com a garra que consigamos retirar do mais fundo de nós. Com a força que julgamos não existir na nossa pessoa. Estão lá para nos testar e nos mostrar quem está do nosso lado para nos dar a mão e atravessar connosco. 

E estas pontes podem surgir como verdadeiras surpresas das relações interpessoais... Para o bem e para o mal...

terça-feira, junho 10, 2014

Comemora-se...

... hoje o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas...

Decorrem as habituais comemorações oficiais, este ano realizadas na cidade da Guarda. Decorre também a habitual homenagem aos combatentes portugueses em Lisboa, mais concretamente no Mosteiro dos Jerónimos e no monumento aos Combatentes em Belém. 

Mas mais do que um dia em que existem desfiles, discursos e entrega de condecorações... Deveria ser um dia em que todos os portugueses deveriam olhar para si e pensar em conjunto. Os últimos tempos estão longe de ter sido fáceis para os portugueses. FMI, crise e cortes atrás de cortes. Muitas divergências e um crescente descrédito em quem nos governa. Não têm sido tempos fáceis e esses tempos já nem às crianças passam despercebidos... A desilusão e a tristeza dos pais, as dificuldades em conseguirem, mais do que ter dinheiro para comprar um presente, ter dinheiro para colocar comida na mesa são o triste retrato do nosso País neste início do século XXI. Estamos longe, muito longe, da fantástica Nação que, em tempos idos, dominava o mundo e unia continentes com as suas rotas dos Descobrimentos...

Estou longe de ser um Velho do Restelo. Estou longe de achar que no passado é que as coisas eram boas. Nada disso! Sou uma pessoa totalmente diferente daquelas que vivem com os olhos postos no passado. Sou muito mais de olhar em frente e desejar fazer mais e melhor por este nosso País. Desejar com muita força e contribuir para que possamos viver melhor. Tenho pena que tantos e tantos portugueses tenham de ter deixado o seu País de sempre em busca de melhores condições fora de portas. Dói-me o coração saber de famílias que vivem quase permanentemente separadas apenas porque o pai não consegue, na sua terra natal, dar a sua família aquilo porque sempre ansiou e para que estudou e trabalhou. Este não era o País que eu esperava ver enquanto adulta...

Comecei o meu dia de hoje a ler o discurso de despedida do Comandante do Batalhão Colegial do Colégio Militar e não pude deixar de meditar nas suas palavras... Um discurso carregado de alguma revolta e de alguma incompreensão sobre o ponto de situação a que chegou este Colégio. Não vou aqui tecer comentários sobre o facto de concordar ou não com a existência de instituições como o Colégio Militar, os Pupilos do Exército ou o Instituto de Odivelas. Tenho a minha opinião e hoje não é dia de falar disso... No entanto, não podia deixar de partilhar aqui as palavras proferidas por este aluno finalista do 12º ano quando se dirigiu, pela última vez, a todos os alunos do Colégio Militar na qualidade de Comandante do Batalhão Colegial...
"Chegado a este período de reflexão, e por não estar, de todo, satisfeito com muito do que presenciei ao longo deste ano que hoje termina, sinto-me na obrigação de vos dizer que estou desiludido e desapontado com o nosso trabalho. Estou desiludido não com os erros que cometemos, porque somos humanos e errar faz parte da nossa condição, mas com tudo o que, por preguiça e desleixo, deixámos de fazer. (...) Porém, enganei-me. Hoje, nove meses depois, tenho perfeita noção de que não sois nem nunca ireis ser capazes de abdicar dos vossos interesses pessoais em prol do bem colectivo! (...) Por fim, e por vos considerar a Pedra Angular desta Casa, dirijo-me a vós, alunos. Nestas últimas palavras como Comandante de Batalhão, não posso deixar de felicitar os muitos que se contentaram com o pouco que tinham, os muitos que não foram capazes de abandonar a sua zona de conforto, os muitos que, por desleixo ou preguiça, não ambicionaram ser melhores. Parabéns! Continuai assim e sereis exactamente aquilo que sempre ambicionastes - cidadãos comuns, livres de qualquer preocupação ou responsabilidade, enfim, fareis parte da imensidão de fracos que a História tende sempre a esquecer! Por outro lado, é com gosto que congratulo todos os que atingiram os objectivos a que se propuseram, todos os que sonharam ser melhores e que, pelo esforço, pelo trabalho árduo e pela dedicação, o conseguiram. O sonho e a ambição são a base do futuro! (...) Gostava que interiorizásseis as palavras de Lichtenberg: "Quando os comandantes perdem a vergonha, os comandados perdem o respeito". E nada pior há que perder o respeito dos comandados porque quando isso acontece, deixamos, simplesmente, de ser líderes e tornamo-nos ditadores. (...) Tudo está ao nosso alcance desde que risquemos a palavra impossível do nosso dicionário!"
Ainda que estas palavras sejam referentes à realidade do Colégio Militar... Será que estas mesmas palavras não se podem aplicar a tanto da nossa realidade como portugueses? Será que não deveríamos, de uma vez por todas, riscar a palavra "impossível" do dicionário de cada um de nós e acreditarmos que conseguimos chegar mais longe, fazer mais e melhor e provar a fibra e a garra de que somos feitos? E, mais difícil ainda para muitos do que possuem a nacionalidade portuguesa nos seus cartões de cidadão... Não seremos capazes de abdicar de uma vez por todas dos nossos interesses pessoais e conseguirmos canalizar as nossas energias, enquanto profissionais e enquanto cidadãos, para o bem comum, para aquilo que faz sentido enquanto portugueses e conseguirmos mostrar que não somos um país que está num cantinho da Europa e que se deixa pisar uma e outra vez pelos grandes da Europa?

Olhemos para as palavras deste finalista com um verdadeiro sentimento de portugueses que somos e possamos (re)aprender a existir como povo único!

Bom Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas!

E que orgulho de ser portuguesa e poder usar as nossas cores!

sábado, maio 03, 2014

Falava...

... ontem com uma amiga sobre a forma como as pessoas podem mudar a sua forma de estar e a forma como se podem afastar dos amigos de sempre quando passam a ter uma relação...

Ao iniciar-se uma relação existem os primeiros tempos de paixão louca, de enamoramento permanente e em que se o que se quer em cada instante e estar-se junto da pessoa de quem gostamos. É normal. É o início. É a novidade. E é normal que nessa fase se esteja menos presente para os amigos mas isso não quer dizer que e passe ao afastamento completo. Porque, ainda que não seja isso que se deseja, existem relações que não são para sempre e os amigos esses, estão sempre lá para nos ouvirem, serem o nosso ombro amigo ou gargalharem connosco. 

Mas o pior é quando a relação se sobrepõe a tudo o resto e a pessoa se começa a afastar de tudo e de todos por influência da sua cara metade. Quando perde o brilho que sempre a caracterizou e passa a ser uma pessoa muito mais apagada, deixa de falar com os colegas de escola e com os amigos de infância, os amigos de sempre...

Acho que, por maior que seja o amor que se tem por outra pessoa, nunca nos devemos deixar apagar desta forma. Nunca nos devemos subjugar desta forma. Sim... Porque acho que ao nos afastarmos daquelas que foram as pessoas que sempre estiveram ao nosso lado devido a uma relação amorosa, pela pressão de temos da outra pessoa para deixar de estar presente para os nossos amigos, isso se traduz a uma subjugação que não é saudável. Que não traz nada de bom à relação. Que deixa a pessoa infeliz e lhe retira o brilho e a energia de sempre.

Faz-me confusão estas formas de estar em que os amigos são deixados para segundo plano... A sério que faz...

domingo, março 09, 2014

Tenho...

... dias em que fico triste com o que se passa neste nosso cantinho à beira-mar plantado. Fico triste com tantas pessoas que vêem as suas vidas por um fio. Parte-me o coração ver tantos olhos tristes nas nossas ruas, tanto em caras novas como mais velhas. E parte-me ainda mais o coração quando essas caras são de pequenas crianças para as quais a palavra "crise" faz cada vez mais parte dos seus dias que deveriam ser totalmente desprovidos de preocupações e apenas pincelados por brincadeiras.

Fico triste por ver este país cada vez mais despido de juventude. Os jovens são, por natureza, aventureiros, aguerridos e gostam de experiências novas. É mesmo assim. Mas fico triste quando tantos e tantos jovens são obrigados a terem de deixar os seus mais queridos e a terem de partir para fora de portas em busca de uma vida melhor. E fico ainda mais triste e assustada quando já não apenas os jovens que têm de partir mas também os pais e mães de família cuja vida já não consegue ser feita por cá e vão lá fora tentar ter um pouco mais para dar aos seus filhos.

Fico triste quando se vê tantas e tantas famílias portuguesas a esforçarem-se por tentar juntar alguma coisa e vêem-se chegar ao final do mês de forma muito complicada. E o dia de São Receber que nunca mais chega...

Fico triste por ver tantos sonhos não poderem acontecer, tantos projectos de vida terem de ser adiados ou terem de ficar na prateleira até que chegue a bonança. E quando é que ela vai chegar? Quando? Quero ver novamente sorrisos nas nossas ruas. Quero ver novamente as pessoas poderem suspirar e fazerem planos porque não estamos cá para nos limitarmos a apenas trabalhar para pagar as contas ao final do mês. Estamos por cá para podermos também viver a vida e podermos dedicar tempo aquilo que mais gostamos de fazer, sem termos de estar permanentemente a contar todos os cêntimos...

Quero ver um Portugal melhor...

quinta-feira, março 06, 2014

A...

... vida é feita de aprendizagens. É feita de ouvirmos quer nos quer bem. É feita de termos a capacidade de olhar para as nossas acções e conseguir ver aquilo que fazemos bem e menos bem. É feita de termos a capacidade de crescer com os nossos erros e de cimentarmos as nossas vitórias e os nossos sucessos.

A vida é feita de aprendizagens. E eu tenho aprendido muito nos últimos meses. Oh se tenho! 

Nem todos os nossos amigos têm a capacidade de nos dizerem as coisas tal e qual como elas são. Nem todos têm a coragem de nos encarar e dos nos dizerem as coisas que precisamos mesmo de ouvir porque as verdades doem e acabam sempre por ter receio de que ao, dizerem-nos as verdades, as coisas dêem para o torto. 

A vida é feita de aprendizagens. E é bom fazê-la com pessoas que não nos toldam a visão e nos mostrar o mundo sem filtros.

E é por isso que fico feliz quando determinadas pessoas entram na minha vida. Pessoas que vale a pena ficarem. Pessoas que me ensinam a ser uma pessoa melhor. Pessoas que me mostram que posso melhorar e conseguir fazer as coisas de uma forma ainda mais ponderada, sensata e adequada ao mundo em que nos movemos. Pessoas que fazem sentido. Pessoas cuja amizade queremos que perdure no tempo.

A vida é feita de aprendizagens. E é bom fazê-las com amigos assim!


Obrigada por estares desse lado e por me ajudares a ser mais controlada!

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Finalmente...

.. a 6ª feira. Aquele que deve ser, provavelmente, um dos mais desejados dias de toda a semana. Porque chegar à 6ª feira significa que se está às portas de mais um fim-de-semana em que se vai poder descansar e fazer aquilo de que mais gostamos.

Estava mesmo a precisar que este dia chegasse. O cansaço acumulado e o stress das últimas semanas está a começar a dar sinais no meu corpo. Muitas solicitações, situações que nunca mais se decidem para me dar paz de uma vez por todas... Tantas e tantas coisas juntas que me deixam completamente de rastos quando o dia se aproxima do seu fim. Preciso de poder descansar. Preciso de poder dormir e, efectivamente, conseguir descansar. Não ser apenas uma sucessão de noites em que, apesar de não serem de olhos abertos, sinto que não descanso tudo aquilo de que necessito para recuperar da azáfama do dia-a-dia. 

E, fruto de todo este cansaço e este stress acumulado, existem coisas que vão acabando por ficar para trás... Existem projectos e desejos que vão ficando adiados. E isso não pode ser de forma alguma! A bem da verdade e avaliar pelos últimos dias, cada vez mais me convenço de que, quando não estamos bem fisicamente a algum nível, isso acaba por se reflectir na nossa motivação e na nossa energia para podermos fazer mais coisas. Fruto da lesão que me tem acompanhado desde meados de Novembro, não me tenho podido dedicar às minhas corridas como eu gostaria. E, a bem da verdade, o facto de não poder praticar desporto com a regularidade que eu desejaria, acabo por ter uma energia diferente no meu dia-a-dia e preciso de baterias carregadas para poder concretizar tudo aquilo que mais desejo...

A ver se as coisas entram nos seus eixos nos próximos dias...

sábado, fevereiro 01, 2014

Começa...



... hoje mais um novo mês. Um mês que espero que me traga muito boas notícias. Um mês que espero que me traga muitos motivos para sorrir. Um mês que espero que não me faça baixar os braços e não me faça desistir.

Porque existem dias em que parece que as forças faltam...

Porque existem dias em que parece que as nuvens cinzentas teimam em não desaparecer do horizonte...

Porque existem dias em que parece que tudo é mais difícil...

Mas espero que este mês seja totalmente livre de dias destes...

Tenham um excelente mês de Fevereiro!

quinta-feira, janeiro 30, 2014

É...

... engraçado... 

O mundo tem a capacidade de nos surpreender a cada dia que passa. Em cada palavra, em cada nuvem, em cada sorriso, em cada brisa de vento nos cabelos, em cada sussurro, em cada raio de sol que atravessa a janela.

Muitas vezes andamos tão concentrados na nossa vidinha acelerada e atribulada que deixamos passar, por completo, estas pequenas dádivas que nos podem tornar muito mais leves, mais sorridentes... Mais felizes!

É por isso que temos de estar mais atentos... Sermos mais atentos... Porque as boas coisas podem surgir de onde menos se espera!

quarta-feira, janeiro 29, 2014

Sempre...

... gostei de pessoas que têm a capacidade de mudar de vida.

Mudar de profissão.
Mudar de vida.
Mudar hábitos alimentares ou desportivos.
Terminar uma relação que já não tem mais nada a dar a ninguém.
Mudar de casa.
Mudar de escola.

Enfim...

Um sem fim de mudanças que poderia aqui descrever. Um sem fim de mudanças que deve encher de orgulho quem tem a coragem de dar o primeiro passo em direcção aquilo que deseja e que perspectiva como sendo o melhor caminho para si e para os outros que lhe estão próximos.

Já tive diversos amigos e colegas de faculdade que, apesar de gostarem bastante da área em que se licenciaram, fruto da difícil área que todos abraçámos (investigar em Portugal não é nada fácil, meus amigos...) e das escassas oportunidades de trabalho que surgiam que os preenchessem por completo acabaram por mudar de indicativo postal ou de área profissional. Abandonaram a sua área de paixão ou os seus mais queridos e embarcaram numa aventura em direcção à realização pessoal, à independência e ao bem-estar. Admiro estas pessoas.

Muitos são os casos de relações que continuam apenas alicerçadas na rotina. No comodismo. Na facilidade de partilhar uma casa como se de um hotel se tratasse em que a ligação à pessoa que está ao lado já teve melhores dias e que, muitas vezes, se reduz a ser um mero estranho. Quantas relações não conhecemos que são muito mais baseadas na amizade e no carinho que é nutrido por quem está ao lado do que no verdadeiro amor que deve existir entre duas pessoas que partilham o mesmo barco de uma relação. Mas existe quem tenha a coragem de abandonar a segurança e dê um passo rumo ao desconhecido, rumo à sua liberdade enquanto pessoa e que não tem medo de preconceitos por terminar uma relação de muitos anos e que não tem medo de abandonar o território tão bem conhecido e a rotina. Admiro estas pessoas.

Numa sociedade tão virada para a imagem e bem-estar físico e mental, muitas são as pessoas que não têm medo de arriscar e de mudar a sua forma de encarar a vida. Optam por mudar das grandes cidades para o campo em prol de uma vida mais calma, com rotações muito mais baixas e onde se possam dedicar em pleno à sua família e tenham uma qualidade de vida superior. Muitas são as pessoas que alteram os seus hábitos alimentares e os seus horários em prol da prática da actividade física, da inclusão de rotinas de ginásio ou de desporto ao ar livre a bem de uma melhor saúde. Desde que estas mudanças de hábitos alimentares e desportivos não sejam levados a nenhum extremo, tratam-se de mudanças que fazem bem e que tornam as pessoas mais realizadas e de bem com quem os rodeia. Admiro estas pessoas.

Admiro a coragem. Admiro a força de vontade. Admiro o nunca desistir face às dificuldades e as obstáculos que tantas vezes surgem no caminho. Admiro as estratégias delineadas para chegar a bom porto. Admiro a concretização de objectivos.

E é por isso que o ser humano é tão espectacular e fascinante...

quinta-feira, janeiro 23, 2014

A...


... escadaria que se ergue diante de nós todos os dias. A energia que consumimos a subir cada degrau em direcção ao topo. Velocidade lenta. A compasso. Velocidade rápida. Pé ante pé em direcção a um topo que nos pode parecer mais ou menos longíquo.

Na escada como na vida, existem degraus que necessitam de ser subidos. Todos os dias. A cada instante... Sempre em direcção ao topo. Pode ser mais ou menos difícil. Podemos estar mais ou menos cansados. Mas a escada está e surge diante de nós para ser subida, custo o que custa. Qual Kilimanjaro com toda a sua imponência. A mera duna numa praia ao final do dia. 

Não se pode saltar degraus. Na escada como na vida. Saltar degraus é saltar aprendizagem. É querer chegar mais rápido ao final do jogo sem passar na casa de partida. É desperdiçar valiosas oportunidades de crescimento enquanto pessoa...

Na escada como na vida... Os degraus existem para serem subidos até ao topo... Por isso, não desistam nem por nada!

sábado, novembro 30, 2013

Espelho...

... meu, espelho meu... Diz-me de quantos "eus" sou eu feita?

Ora aqui está uma questão muito interessante e à qual, provavelmente, muitos de nós, não dedica a devida atenção. Andamos nas nossas vidas de formiguinhas trabalhadoras e, muitas vezes, penso que não dedicamos o devido tempo a pensarmos em nós. A fazer alguma análise sobre as nossas posturas, atitudes e decisões e, se calhar, era algo que deveríamos introduzir na nossa rotina diária. Tipo como tomar banho, lavar os dentes e mudar de roupa, percebem? Não vos digo agora para meditarem todos os dias sobre a vossas vidas mas ganhem (e reparem na utilização da palavra "ganhar") alguns minutos do vosso dia a pensarem na vossa forma de existir, de estar e de conviver com quem vos rodeia...

Todos temos diferentes "eus" que aparecem e são mostrados consoante os acontecimentos ou os nossos interlocutores. O ser humano tem uma capacidade de adaptação e de se moldar aos acontecimentos extraordinária e sempre surpreendente. Eu própria aqui me confesso: Miss Fiona tem muitos e diversificados "eus"! Atenção: psicólogos e psiquiatrias que se possam dedicar à leitura deste cantinho à beira-mar da blogosfera plantado... Não tenho nada de personalidades múltiplas nem coisa que se pareça. São apenas vertentes de uma mesma personalidade e que gosto de cultivar, umas mais secretamente do que outras. Existe a Fiona mega romântica que gosta de ver o pôr-do-sol entrelaçada num abraço e de beber chocolate quente em Portobello Road. Existe a Fiona desportista que adora correr e o desporto em geral e que, juntamente com outros dois companheiros de ténis gastos com contagem de quilómetros, alimenta o Corre mais rápido com as suas divagações sobre o mundo da corrida e os desejos sobre provas de sonho. Existe a Fiona profissional que como que se transfigura para se adaptar ao mundo peculiar em que se move e em que, todos os dias, é colocada à prova nas mais diversas situações. Existe a Fiona apaixonada por roupas, sapatos e maquilhagem e gosta de divagar pelo mundo das novidades e de experimentar, experimentar, experimentar! Existe a Fiona apaixonada por livros que tem uma mini-biblioteca em casa com os mais variados títulos dos mais variados domínios do conhecimento. Existe a Fiona apaixonada por séries de época (como os meus queridos Tudors) e por séries e filmes que envolvam a exploração da mente de serial killers (como as Mentes Criminosas ou os filmes do Hannibal Lecter). Esta sou e muito mais!

E vocês? Já perguntaram ao vosso espelho quantos "eus" têm hoje?

terça-feira, outubro 29, 2013

A...

... teoria do frasco de mel e das abelhas...

Ou de como uma analogia consegue explicar, na íntegra, a atracção que o sexo oposto pode exercer sobre nós... 

Existem pessoas que, não sabemos muito bem porquê, nos despertam a atenção desde o primeiro dia em que lhes colocamos a vista em cima. Têm aquele je ne sais quoi que nos faz observá-las discretamente quando nos cruzamos com elas, por exemplo, no mesmo espaço para almoçar. Pior, esse je ne sais quoi faz-nos, vezes sem conta, observar os pequenos detalhes que escondem, os pequenos movimentos de cabeça, a forma de estar, mesmo que o façamos inconscientemente. Por vezes, cruzamo-nos com pessoas que, não sendo verdadeiros deuses gregos da beleza ou as mais belas musas inspiradoras, conseguem desviar olhares apenas porque sim. E existem muitas vezes pessoas que tendem a concentrar mais olhares do que as demais apenas pela forma de estar e pela forma como entram numa sala...

E é aqui que entra a teoria do frasco de mel e das abelhas... Normalmente, onde existe mel existem abelhas (ou vice-versa, pronto!). E, normalmente, um número elevado de abelhas indicia que existe a probabilidade de existir uma grande quantidade de mel... Trata-se de uma relação matemática inequívoca de relação directa que não se consegue refutar de forma alguma! E não será assim mesmo nas atracções? Não funcionará o mel como o elemento fulcral para nos tornar abelhinhas que não conseguimos abandonar um certo frasco deste precioso líquido? Não será este mel aquele je ne sais quoi que nos atrai em determinada pessoa e que nos faz observá-la? Não será este mel, no fundo, o sex appeal, o charme, que determinadas pessoas vão deixando como rasto no ar e que nos faz não desviar o olhar?

Estas coisas de atracções e de olhares furtivos à hora do almoço tem muito que se lhe diga... Porque o mel e as abelhas tendem a encontrar-se inevitavelmente...

domingo, outubro 27, 2013

Muitos...

... dos que lêem este cantinho sabem que eu sou uma amante das corridas. Muitas são as provas em que participo durante o ano (cujos relatos podem ler no blog Corre mais rápido caso tenham curiosidade). Quando comecei nesta coisas das corridas, no ano de 2008, nunca pensei que fosse ganhar tanto gosto por correr nem muito menos chegar até onde cheguei hoje. Muitas já foram as dificuldades ultrapassadas, muitos já foram os objectivos alcançados (um deles, e o que tem o sabor mais especial, foi voltar a participar numa prova oficial exactamente um ano após ter sido operada ao joelho) e muitos são aqueles que se desenham no meu horizonte. Já acumulo três meias maratonas no "currículo" (todas feitas este ano!), provas de 10 km já perdi a conta e a maratona é, claramente, um sonho que também se quer ver alcançado.

Mas o verdadeiro motivo pelo qual escrevo este post não tem propriamente a ver com os meus devaneios desportivos (esses deixo para o Corre mais rápido). Aquilo que me faz escrever aqui hoje é o excelente ambiente que se vive entre corredores nas provas. A palavra de incentivo que está sempre presente quando afracamos e passa alguém por nós que não nos quer ver desistir mesmo não nos conhecendo de lado nenhum. As palmas que os corredores batem aqueles que já vão na frente da corrida e com quem nos cruzamos. O gosto de ser a lebre de alguém mesmo que não a conheçamos bem (nunca me vou esquecer o que foi estar lado a lado com uma corredora do grupo desportivo do BES na Corrida das Fogueiras em Peniche este ano). É estar-se lá de uma forma despreocupada. É ajudarmos quem precisa mesmo sabendo que podemos não conhecer essa pessoa de lado nenhum. Os valores que os corredores partilham numa prova deveriam ser aqueles partilhados por uma sociedade enquanto um todo. Aquilo que somos e aprendemos a ser na estrada ou nos trilhos acabamos por transportar para as nossas vidas pessoais e profissionais e tenho a certeza de que nos tornamos pessoas muito melhores. É este espírito que eu tenho gosto de partilhar quando corro. É esta animação e esta boa disposição que está presente mesmo quando parece que as pernas vão falhar. Os corredores ajudam-se apenas porque sim. Os corredores sorriem aos desconhecidos apenas porque sim. Os corredores partilham vitórias lado a lado com desconhecidos apenas porque sim.

E deveria ser assim todos os dias na vida para lá dos ténis... Porque, de certeza, seríamos muito melhores cidadãos e pessoas muito mais completas enquanto seres humanos...

domingo, outubro 20, 2013

Temos...

... momentos em que olhamos mais em nosso redor. Temos momentos em que somos mais atentos. Temos momentos em que o nosso olhar é mais penetrante em toda a realidade que nos rodeia. 

Tenho dias em que penso mais no passar dos anos. Tenho dias em que me preocupa mais o avançar da idade. Tenho dias em que me preocupa mais a chegada de uma solidão a que não se consiga dar volta e que passe a pincelar os dias de forma inegável. Tenho dias em que as emoções estão mais à flor da pele e em que desejo ser de novo uma menina de cinco anos que se aninha do colo da mãe.

Existem momentos que nos preenchem a alma e nos lavam das tristezas. Existem momentos que nos aquecem o coração de uma forma inegável e que nos fazem acreditar "sim, é possível!". Existem momentos que nos deixam a alma pincelada de dúvidas. Existem momentos que nos mostram que somos muito mais fortes do que pensamos e que somos capazes de ir muito mais longe do que poderíamos imaginar.

Preocupa-me a fragilidade das pessoas que amo. Preocupam-me as dificuldades do dia-a-dia. Preocupa-me não poder realizar todos os sonhos, os meus e os das minhas pessoas. Preocupa-me poder chegar um dia e pensar que não vivi tudo aquilo que deveria ter vivido.

Preocupa-me o avançar dos anos... A solidão... E a fragilidade das pessoas...

domingo, setembro 29, 2013

Faz-me...

... confusão muitas coisas que se passam neste nosso mundo. Fazem-me confusão as pessoas que apenas conseguem pensar em ver o mal dos outros, em desejar o mal dos outros e que apenas sorriem quando os outros estão mal. Faz-me confusão aquelas pessoas que tudo fazem para deitar os que os rodeiam abaixo com o intuito de conseguirem sobressair no meio da multidão. Faz-me confusão a falta de cidadania, de educação e de respeito com que nos deparamos diariamente nas mais diversas situações. Faz-me confusão a falta de respeito por idosos e por crianças, aqueles que mais atenção deveriam receber de todos. Faz-me confusão a falta de respeito pela vida dos animais que todos os dias são colocados de parte em algum lugar. Faz-me confusão o desejo exacerbado de se ir mais longe, sem olhar a meios e sem olhar a que está em volta. Faz-me confusão esta necessidade enorme de consumismo que deixa cair por terra os valores que são mais importantes e que deveriam ser passados diariamente aos mais novos pois eles são o nosso futuro...

Tenho dias em que fico triste com o que vejo ao meu redor. Fico triste por tantas pessoas se acharem as melhores do mundo e não conseguirem deitar fora o rei que têm na barriga e se limitarem a existir e a viver as suas vidas sem esta necessidade de pisar que os rodeia. Fico triste por tantos idosos viverem sozinhos em casa recheadas de solidão em que familiares, vizinhos ou conhecidos se recusam a entrar, justificando-se comas vidas atarefadas e muito ocupadas que não deixam lugar para preservar o mais importante. Fico triste por tantas crianças chegarem da escola ao final do dia e não terem um colo onde se sentar a contar as tropelias da escola, não terem uma mão carinhosa que as auxilie a melhorar a caligrafia, não terem uma voz de amor de quem ouvir uma história ao deitar...

Fico triste e faz-me confusão esta sociedade que se limita a viver a mil à hora sem olharem para aquilo que vão deixando em bocados na estrada e que é o que têm de mais importante...

quarta-feira, setembro 11, 2013

É...

... impressionante o poder que a motivação tem no nosso organismo. Quando nos sentimentos motivados ou realizados, seja no campo profissional ou campo pessoal, a forma como encaramos as actividades que temos para fazer no nosso dia-a-dia é totalmente diferente quando não nos sentimentos preenchidos. 
E isto que eu tenho constatado nos últimos tempos... O facto de me sentir mais motivada tem-me dado um ânimo completamente diferente para ir ao ginásio (ui... ao olhar ontem para a folha de treino em que devem ser preenchidas as presenças até me assustei dadas as poucas vezes que lá tenho ido!), para correr e para fazer todas aquelas pequenas coisas que é suposto ser feitas.

Gosto de me sentir assim. Gosto muito de me sentir assim e espero que assim continue!

segunda-feira, agosto 19, 2013

O...

... que seria das nossas vidas se não sonhássemos, desejássemos, projectássemos coisas para o nosso futuro? O que seria das nossas vidas se não tivéssemos vontade de fazer mais e melhor, de querer ir mais longe e de nos superar? Pois bem... E o que seria de nós nestes momentos se não pudéssemos desfrutar do apoio de pessoas que se preocupam connosco, que nos querem ver realizadas como pessoas e que gostam de ver o nosso sorriso, acima de tudo? 

Pois bem... Quando criei este blog estava bem longe de pensar que ele iria durar tanto tempo. Estava bem longe de pensar que iria aguentar tanto tempo por esta blogosfera, que iria ter tantos blogs adorados e de visita obrigatória e que me ajudam a pincelar o meu dia com sorrisos. Estava muito longe de pensar que estaria por aqui há já mais de oito anos e que a vontade de aqui continuar continuasse presente como no dia em que escrevi as primeiras palavras. E quem me haveria a mim de dizer que neste tempo decorrido desde as primeiras palavras escritas neste cantinho, tantas coisas e tantas emoções teria partilhado. E que receberia o apoio desse lado aí de quem me lê para ter vontade de ir mais longe e de querer concretizar os meus sonhos. 

Sei bem que todos nós temos as nossas pessoas de carne e osso, aquelas com quem estamos todos os dias, que nos conhecem melhor do que ninguém e que não precisam de ler as nossas palavras para saberem como estamos pois têm o privilégio de ler nos nossos olhos e comprovar in loco as nossas emoções, alegrias e dificuldades porque essas também existem. Essas estão presentes e o lugar ocupado é mais do que especial! Mas não posso deixar de ter um cantinho para as pessoas com quem fui contactando nesta blogosfera, visitantes mais ou menos assíduos, comentadores mais ou menos assíduos, mas que me conhecem neste lado da escrita e que se conseguem também aperceber de algumas coisas de mim, fruto do que vou revelando a cada post.

E é por isso que sabe tão bem, quando vamos desvendando alguns dos nossos sonhos, ter-vos desse lado e sentir uma força enorme que me impele a ir mais além... Obrigada!

sexta-feira, agosto 16, 2013

Existem...

... palavras que lemos por aí e que parecem mesmo escritas por nós. Que nos explicam e despem perante o mundo de uma forma inexplicável. E estas são algumas delas...

Tenho dois lados em mim. Opostos. Um lado negro e um lado cheio de brilho.Sou bruxa feiticeira ou fada com purpurinas.Sou noite de luar e sou dia negro.Sou capaz das mais frias, racionais e duras decisões, ou denuncio-me só com um olhar doce e sorriso derretido.
Sou mulher decidida ou menina assustada.
Sou cheia de certezas e plena de dúvidas.
Sobrevivo na ribalta, mas vivo na calmaria.
É-me fácil sorrir por fora e chorar por dentro.
Sou uma contradição, que nem eu entendo.

Sou um anjo e um diabo...tudo depende do lado que quero que conheças.
Sou mulher decidida ou menina assustada.Sou cheia de certezas e plena de dúvidas.Sobrevivo na ribalta, mas vivo na calmaria.É-me fácil sorrir por fora e chorar por dentro.Sou uma contradição, que nem eu entendo.
Sou um anjo e um diabo...tudo depende do lado que quero que conheças.