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sábado, janeiro 11, 2014

Não...

... sei se tiveram oportunidade de assistir a uma reportagem que foi transmitida ontem à noite, no jornal da noite da TVI, sobre o estado em que se encontra actualmente a Avenida de Roma e área circundante, no que ao comércio tradicional diz respeito. Obviamente que isto será um tema com mais interesse para quem seja de Lisboa e tenha conhecido esta zona há uns anos mas revela, sem dúvida, o estado em que se encontra este nosso País à beira-mar plantado... Pois o caso que foi retratado é apenas mais dos muitos que ocorrem por esse Portugal fora com muitos dos locais de sempre a fecharem e a deixarem saudades...

A zona da Avenida de Roma e Guerra Junqueira é minha conhecida desde tenra idade. Foi aqui que entrei, pela primeira vez, na tão famosa Zara. Era aqui que fazia a maior parte dos meus lanches de fim-de-semana com os meus pais. Foi nesta zona que andei à escola até ir para o Ensino Secundário e depois a Faculdade. Foi aqui que tanto material escolar comprei na Livraria Barata e que tantos livros novos pude saborear adquiridos tanto na Livraria Barata como na Bertrand. É nesta avenida que estão três das minhas pastelarias favoritas da cidade (Mexicana, Suprema e Frutalmeidas). É aqui a minha loja favorita de venda de Swatchs onde se podem encontrar peças de coleccionador simplesmente fantásticas. É aqui a minha ourivesaria preferida, a Paiva, que mais do que peças fantásticas, tem um atendimento cuidado e em que se gera uma relação de amizade. E poderia continuar aqui o resto do dia a escrever sobre as coisas que gosto desta zona... Dói ver tantas referências da minha infância e adolescência desaparecerem para darem lugar a lojas de chineses, como aconteceu com a famosa Simotal (que ficava em frente da já demolida Piscina do Areeiro) e agora parece ser este o futuro do Cinema Londres, marca emblemática da nossa cidade no que às salas de cinema dizem respeito. 

O aparecimento de muitas salas de cinema em tantos outros centros comerciais pela cidade fizeram com que estas salas mais clássicas, em que havia maior proximidade entre os clientes e quem nos atendia, tendessem a perder a sua clientela. Menor número de salas traduz-se em menor número de filmes disponíveis ao público, tornando o local menos atractivo para as massas. Infelizmente, este cinema veio a perder progressivamente os seus clientes e acabou por ir à falência. Após algum tempo fechado, veio agora a notícia de que o espaço havia sido vendido e que iria dar lugar a uma loja de chineses. Como é que é possível deixar-se um local destes morrer desta forma e ser substituído por mais uma loja de chineses que surgem a cada esquina de tantas cidades portuguesas como verdadeiros cogumelos? Dói-me, enquanto cidadã da cidade de Lisboa, ver as coisas chegarem a este ponto. Dói-me ver lugares de sempre da minha infância darem lugar a lojas que não trazem o menor interesse nem o menor acrescento para uma zona de cidade que já foi referência no que toca a fazer compras com qualidade e chegou a ser uma das avenidas mais caras da cidade, com o que de melhor se podia adquirir. Infelizmente, os interesses económicos falam, uma vez mais alto, e vê-se assim fechar um lugar de sempre e que tantas memórias deixa em tantas pessoas desta cidade.

Mas os cidadãos estão à alerta e, apesar de poder parecer que não se pode fazer nada, têm manifestado o seu desagrado e está já a circular uma petição nesta zona para tentar impedir o avançar desta situação. Para quem quiser e estiver solidário com esta causa de cidadania pode, durante este fim-de-semana, assinar a petição em papel que se encontra disponível na Mercearia Criativa (morada: Avenida Guerra Junqueiro, número 4A, 1000-167, Lisboa - quem sobe a Guerra Junqueiro a partir da Alameda fica do lado direito. Horário de funcionamento: das 10h às 20h) e na Mexicana (morada: Avenida Guerra Junqueiro, número 30C, 1000-167 Lisboa - fica no início da avenida junto à Praça de Londres). 

Transcrevendo o que foi escrito no blog Cidadania Lx:
«Não tendo existido qualquer publicitação ou conhecimento de que o imóvel onde durante 42 anos funcionou o Cinema Londres estaria para arrendar/vender e tendo-se sabido agora que no local vai surgir uma loja de produtos orientais, o que surpreendeu moradores e comerciantes, o Movimento de Comerciantes da Av. Guerra Junqueiro, Praça de Londres & Av. de Roma decidiu elaborar umapetição “O nosso bairro precisa de um pólo cultural!” que se encontra a recolher as assinaturas necessárias para ser apresentada aos órgãos municipais e a outras entidades públicas, no sentido de junto dos proprietários se encontrar uma solução para o nº 7-A da Avenida de Roma, freguesia do Areeiro, que em paralelo com a existência de comércio torne possível a manutenção de um pólo cultural.
[A petição está a circular em papel. Está hoje e amanhã na Livraria Barata. Depois passa para a Farmácia Algarve (mesmo ao lado do Cinema Londres) e no fim de semana para a Mercearia Criativa e Mexicana. Assine! Vamos encontrar uma solução.]
Se puderem e quiserem contribuir para esta causa da cidade de Lisboa, passem pelos dois locais mencionados e assinem! 

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Estava...

... eu hoje a assistir a mais um episódio do Project Runaway Allstars e não pude deixar de pensar um pouco naquilo a que estava a assistir e estou longe de falar de moda e já passo a explicar... 

O desafio a que assisti consistia em desenhar um vestido para um evento especial na vida de quatro veteranas das Forças Armadas Americanas: Marinha, Corpo de Fuzileiros, Força Aérea e Exército. Um dos designers, no seu comentário sobre o desafio que tinha em mãos, falava que aquilo que ele iria produzir como vestido para o evento especial da sua veterana e que lhe poderia oferecer era muito pouco quando comparado com tudo aquilo que ela tinha feito pelos Estados Unidos da América. E, com este comentário, eu não pude deixar de sorrir embora não sendo pelos melhores motivos... Eu não sou uma daquelas pessoas que ama de paixão os Estados Unidos e tudo aquilo que eles simbolizam. No entanto, não posso deixar de respeitar e louvar o comportamento que os americanos têm face aos seus militares. Têm-lhes respeito, têm orgulho naquilo que eles simbolizam - a tão importante liberdade! - e isso está bem patente em todos os eventos em que estão envolvidos militares e a sociedade civil americana. Apesar de não concordar com a perspectiva e política que os EUA fazem e a utilização das suas forças armadas fora das suas fronteiras, tenho que admitir que admiro a forma como os militares e os símbolos nacionais são encarados.

E, olhando para dentro de portas, não posso estar mais triste... No nosso país parece que, a cada dia que passa, os símbolos nacionais perdem cada vez mais valor. Eu sei que estamos em crise, eu sei que os tempos são de dificuldades, eu sei que o Governo e tudo o que o rodeia não nos tem trazido alegrias nenhumas mas temos de saber separar muito bem as águas e conseguir ter o discernimento suficiente para perceber que símbolos nacionais e quem está no poder são coisas completamente diferentes e existem símbolos que merecem todo o nosso respeito como portugueses que somos. Faz parte da nossa cidadania respeitar estes símbolos, é nossa obrigação e não devemos utilizá-los como forma de atingir que nos (des)governa. E se, na maior parte dos casos, os portugueses parecem gostar muito dos exemplos e das ideias que vêm do lado de lá do Atlântico, deveriam ter bastante atenção ao tratamento dado aos militares, bombeiros e forças policiais nos EUA. Por cá, quem usa farda não parece ser propriamente bem amado pela maioria das pessoas. Basta ver os olhares um pouco de gozo/espanto que são dirigidos aos militares que se apresentam uniformizados nas nossas ruas apesar de não estarem em serviço. Basta ver os comentários que são feitos, quando o Orçamento de Estado é assunto, em que se diz que militares e polícias ganham muito e poucos cortes sofrem (sim, eu já ouvi este tipo de comentários in loco num dos nossos transportes públicos e não pude deixar de ficar mais perplexa). Sempre que se fala de cortes, muito se fala da Função Pública e dos professores que tanto têm sido afectados. Não querendo, de todo, retirar o mérito a quem desenvolve a sua profissão nestas áreas mas... Não serão os nossos militares e forças policiais tão ou mais importantes merecendo igual atenção? 

Meditemos... E façamos a abstracção de associar Forças Armadas  e forças policiais unicamente a situações de guerra ou ameaça bélica...

Quem é responsável por garantir toda a segurança nas nossas cidades e nas nossas estradas?
Quem é responsável por garantir a salvaguarda da vida humana no mar e as adequadas operações de busca e salvamento quando são necessárias?
Quem é responsável por garantir o transporte médico entre as ilhas do arquipélago dos Açores e que já tantos bebés trouxe ao mundo são e salvos?
Quem é responsável por fiscalizar as nossas águas minimizando a ocorrência de episódios de tráfico, descargas de poluentes, lavagens de tanques de cargueiros e pesca proibida?
Quem é responsável pela limpeza e segurança das nossas áreas florestais e está envolvido no combate a incêndios?
Quem é responsável por levar o nome de Portugal mais longo no que à investigação científica diz respeito?
Quem é responsável por garantir a segurança nas praias nos meses quentes de Verão?
Quem é responsável por contribuir para a formação de muitos civis e corporações de bombeiros no que respeita a técnicas de combate a incêndios?

E parece-me que eu poderia estar aqui toda a noite a dar-vos exemplos de que as Forças Armadas são muito mais do que aquilo que a maioria quer acreditar ou fazer parecer...

É por isso que digo... Temos muito a aprender com os americanos no que toca ao respeito por militares, forças policiais e bombeiros. Porque são estes homens e mulheres que nos permitem respirar em segurança, mesmo que não os vejamos todos os dias. 

Pensem nisto...

domingo, dezembro 01, 2013

O...

... destino tem muitas ironias e esta é apenas mais uma...


Morreu, na noite de sábado, vítima de um acidente de automóvel que ia a alta velocidade, o actor Paul Walker. O famoso polícia da série de filmes "Velocidade Furiosa", apaixonado por velocidades e por automóveis de alta cilindrada, dono de uma oficina especializada neste tipo de automóveis. Veio a morrer consequência de um despiste de um carro conduzido a alta velocidade.

O destino tem destas coisas...

RIP Paul Walker

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Tive...

...ontem oportunidade de assistir a mais uma entrevista do programa Alta Definição, desta feita com o Paulo Camacho. Quando a entrevista foi transmitida pela primeira vez na SIC, não tive oportunidade de assistir pois era sábado de aulas na faculdade mas ontem não deixei escapar a oportunidade de ouvir as palavras de um grande jornalista de guerra do nosso país. 
Paulo Camacho é, e será sempre, um nome incontornável no jornalismo dos grandes acontecimentos dos séculos XX e XXI. Esteve em tantos cenários de guerra e de conflito como o Libano, África do Sul, Angola ou Iraque. Era o jornalista que estava a dar as notícias das 13h na SIC no dia em que os aviões embateram contra as torres gémeas em Nova Iorque. É o rosto e a voz que nos habituámos a ter a entrar em nossas casas com o ponto de situação em diferentes cenários de guerra. Mas, por detrás deste rosto de profissionalismo, esconde-se o homem que tantos sentimentos teve de deixar para trás nos difíceis momentos que teve de enfrentar e que agora partilha connosco em livro. Está o homem que diz que tem a consciência de que não esteve presente em muitos dos momentos importantes da vida dos seus filhos. Está o homem que sofreu um enfarte do miocárdio, que diz ter ouvido aquele som contínuo da máquina de controlo do ritmo cardíaco e que acreditou que tinha chegado o momento com o sentimento de que ainda havia muitas coisas que gostava de fazer. Está o homem que chegou a pagar do seu bolso viagens de avião para estar no centro de tudo quando Nelson Mandela foi libertado da prisão. 
Está um homem que pela sua postura, profissionalismo e vontade de mostrar como as coisas se passavam merece todo o nosso respeito e agradecimento. É um homem com qualidades e defeitos mas que se mostrou transparente nesta entrevista. Tal como devem ser neste programa. E tem uns olhos que mostra que está bem consigo mesmo e que todos os anos longe de casa valeram a pena.


Obrigada, Paulo Camacho, por esta entrevista!

domingo, outubro 21, 2012

Esta...

... noite, a Grande Reportagem da SIC tem o título de "O Elogio da Diferença" e é dedicada às pessoas portadoras de deficiência. Das imagens da reportagem que passaram não poderia deixar de assinalar aquelas que tantas vezes já ouvi de outras pessoas em reportagens semelhantes: o desejo de poderem trabalhar. São pessoas que têm igualmente sonhos como todas as outras e que desejam e muito trabalhar. Pessoas que não pedem mundos e fundos. Apenas pedem que as deixem ser iguais a tantas outras na condição de trabalhadores e que possam ser úteis à sociedade em que se encontram. São de louvar os empregadores que aceitam estas pessoas e as ajudam na sua integração na sociedade. Porque, apesar de estarmos no século XXI, muitos ainda são aqueles que acham que as pessoas portadoras de deficiência não conseguem desempenhar tarefas de acordo com o seu grau de deficiência. Porque ainda existem muitos empregadores que acham que estas pessoas não podem ser trabalhadores válidos e que não vão conseguir atingir os objectivos que lhes sejam propostos. Tanto que me incomoda esta postura... Tanto que me incomoda que estas pessoas ainda sejam tão segregadas numa sociedade que se diz tão moderna e tão capaz de aceitar a diferença. Sinceramente, ainda questiono tudo isto... E incomoda esta falta de sinceridade, a sério que incomoda...

sábado, setembro 22, 2012

Estou...

... a assistir ao novo programa do Jamie Oliver na Sic Mulher em que ele tenta alterar hábitos alimentares em escolas americanas. Ver este programa é verdadeiramente assustador pela quantidade de alimentos processados que é dada às crianças. Não é à toa que a obesidade é já a doença deste século e que, no caso das crianças, está a comprometer de forma dramática as gerações futuras. E este problema não é somente nos Estados Unidos que acontece... Também por cá é cada vez mais habitual ver crianças com excesso de peso em tenra idade. Aliás, trata-se de um dos principais problemas das sociedades mais desenvolvidas. 
E serão as crianças as culpadas desta situação? Obviamente que não! São os adultos responsáveis por elas os causadores desta realidade. É muito mais fácil ir ao supermercado e comprar tudo aquilo que a criança pede para evitar as birras em público. Claro que é muito mais fácil mas também muito mais perigoso para a saúde do pequeno ser que se encontra em crescimento e que deverá ter uma alimentação o mais cuidada possível para que consiga construir os alicerces do seu organismo de forma saudável e adequada. São os pais os responsáveis pelas quantidades astronómicas de açúcares refinados e gorduras que colocam nos carrinhos de supermercado e carregam para casa alegremente. Se a criança for habituada desde sempre a ter batatas fritas, refrigerantes e carradas de pacotes de bolachas em casa, claro que irá sofrer ressaca quando não puder comer este tipo de alimentos. Sim, porque também existe ressaca no que aos alimentos diz respeito. Porque o nosso organismo é de hábitos e se algo lhe for retirado, ele ressente-se dessa supressão. Cabe-nos a nós, adultos, cuidar da alimentação dos mais pequenos para que o colesterol não faça parte do dia-a-dia deles. Cabe-nos a nós desafiá-los para actividades ao ar livre em vez de os "afogarmos" em jogos de computador e coisas que os prendam dentro de casa. E os pais, acima de tudo, devem ser fortes e educar os seus filhos de forma a evitar as birras em público quando a criança pede para comprar um pacote de Oreos e lhe é dito que não pode ser. Há que ser mais forte e não ceder pois mais vale a criança ficar contrariada por uns instantes do que ter problemas de saúde graves e irreversíveis no futuro. Vale mesmo a pena mudarmos a mentalidades para que as gerações futuras possam ser saudáveis e amantes da actividade desportiva e da saúde.

domingo, junho 24, 2012

Ontem...

... tive oportunidade de assistir a mais um programa Alta Definição do Daniel Oliveira, um programa que nos habituou a entrevistas a pessoas de diferentes áreas da esfera nacional. Agora, em tempos de Euro 2012, os programas têm sido dedicados a mostrar um pouco mais dos jogadores da Selecção Nacional. E o programa de ontem teve algo de diferente... Num Euro com organização conjunta da Ucrânia e Polónia, foi momento de recordar um período negro da História europeia, impossível de esquecer, que marcou da pior forma o passado da Polónia. Daniel Oliveira fez um pequeno documentário sobre os campos de concentração de Auschwitz-Birkenau. Mostrou diferentes zonas que estão hoje, abertas ao público, para que ninguém esqueça dos horrores que seres humanos conseguiram fazer contra outros seres humanos. Tão iguais a eles na sua essência e cujo único pecado foi terem uma religião ou uma ideologia diferente dos senhores que um dia decidiram repor na Europa o Sacro Império de outros tempos com o nome de Terceiro Reich. Ao som das palavras de Primo Levi foi mostrado o campo principal de Auschwitz (Auschwitz I): os crematórios, as câmaras de gás destruídas pelos nazis numa tentativa frustrada de esconder o que faziam diariamente, a forca onde o antigo comandante do campo de concentração Rudolf Hoss foi enforcado em 1947... Uma forma de manter acesa a memória de um período que ninguém quer que aconteça de novo. Gostei da menção a Auschwitz. Apenas confirma aquilo que já sabemos acerca do Alta Definição: que é um programa que vale a pena acompanhar.

(durante o mini-documentário foi mencionado o facto de várias selecções que estão a participar no Euro se terem deslocado a Auschwitz para visitar o antigo campo de concentração. Obviamente que logo me questionei se a Alemanha tinha feito a mesma visita. E sim, verifiquei que sim... Num dia chuvoso. Num dia em que os céus pareciam receber com lágrimas novos alemães no campo de todas as atrocidades. Num dia em que o céu parecia lavado em lágrimas por todos os milhares de pessoas que perderam as vidas em nome de um ideal, em nome de um homem que ficará para sempre associado a um dos períodos mais sombrios da História Mundial.)

sábado, março 10, 2012

Miss...

... Fiona gosta de assistir às notícias porque não gosta de ser uma pessoa desinformada (apesar de agora ser algo cada vez mais deprimente de se fazer, conforme já disse anteriormente...) e acabei de assistir a uma reportagem na SIC em que se falava da quantidade de pais que estão a retirar os seus filhos do ensino privado e a passá-los para as escolas públicas. Causa? A crise, obviamente! Eu sempre estudei em escolas públicas. A primeira vez que pisei "território privado" foi já por alturas da formação pós-graduada e, muito sinceramente, penso que será experiência que não voltarei a repetir. Se calhar tive azar, porque não acredito que todas as instituições privadas sejam assim, mas fiquei com a sensação de que ali onde eu estava contavam mais determinadas coisas do que propriamente o conhecimento demonstrado pelos alunos mas adiante que não é disso que trata este post...
Dizia uma mãe na reportagem que existe o preconceito de que, se os pais possuem as capacidades económicas para tal, é de esperar que coloquem os seus filhos em escolas privadas. E esta mesma mãe viu-se agora na necessidade de passar o seu filho para uma escola pública. Ainda na mesma reportagem, falou um pai que, apesar do cargo de topo que possui na empresa em que trabalha, prefere ter os filhos numa escola pública porque acha que a formação dos seus filhos não passa somente pela componente pedagógica mas também pela componente relacional fundamental para a construção das crianças como adultos.
Bem, este tema das escolas privadas vs. escolas públicas é algo que deve ter existido desde sempre. Conheço vários pais que afirmam que preferem ter os seus filhos em escolas privadas porque, de certa forma, acham que os conseguem proteger mais de determinados "perigos" que consideram existir nas escolas públicas... Bem, não poderia discordar mais. Conheço vários "meninos de colégio" que fazem bastantes mais asneiras e são bastante pior formados do que jovens que sempre passaram por escolas públicas. Obviamente que existem muitas escolas públicas que são mais do que problemáticas, não vou dizer que não. Mas também as existem muito boas e bastante mais bem cotadas na altura dos exames nacionais do que muitos colégios privados. É certo que as escolas privadas proporcionam muitas actividades extra-curriculares que enriquecem o currículo e a formação das crianças mas será que os pais não as conseguem proporcionar eles próprios aos seus filhos se eles andarem em escolas públicas? Se calhar o facto de estar tudo concentrado no mesmo local e bastar somar euros no final do mês para garantir essas actividades se torna mais cómodo para os pais ultra-mega-super-atarefados da sociedade de hoje. E depois chegam a esta situação em que necessitam de retirar os filhos do meio a que sempre os habituaram e lhes retiram os amigos numa fase das suas curtas vidas que pode sempre ser complicado.
Quando fui criança, muitos éramos os "meninos da escola pública" que tínhamos actividades extra-curriculares. É certo que eram em locais diferentes e que isso implicava que os nossos pais nos tivessem que ir levar aqui e ali mas o que é certo é que não as deixávamos de ter. E os nossos pais também trabalhavam... Acho que a sociedade de hoje nos está a levar a um ponto em que se quer tudo o mais fácil possível muitas vezes sem dar atenção a determinadas coisas. Desde que se falou nesta crise que penso que as crianças irão sofrer bastante com tudo isto. Porque verão os seus pais ficarem sem emprego, porque a única refeição adequada do ponto de vista nutricional que poderão ter será a que tomam diariamente na escola, porque deixarão de poder ter os brinquedos e as roupas novas que desejam e porque abandonarão a escola e a realidade que sempre conheceram. E é ver as infâncias destas crianças alteradas desta forma tão abrupta que me deixa tão angustiada...

domingo, janeiro 08, 2012

Estou...

... a assistir a uma reportagem na SIC sobre pessoas que mudaram o rumo das suas vidas profissionais para actividades que as preenchem mais: uma advogada que passou a fazer queijos, uma arquitecta paisagista que se dedicou à chamada "gastronomia molecular", entre outros casos. E acho fantástica que a capacidade e a coragem que estas pessoas tiveram de mudar os seus rumos profissionais em que pareciam aprisionadas e seguirem aquele que seria o seu sonho de vida. É engraçado ver que existem pessoas que ainda têm vontade de sair da rotina e conseguirem fazer algo de diferente as suas vidas. E em todas elas se nota que, apesar de poderem ter visto a sua vida mudar ao nível de conseguirem viajar mais ou adquirir mais coisas, vê-se que se sentem muito melhor consigo próprias, mais realizadas, mais felizes. E é bom saber que existem pessoas assim. Que continuam a acreditar que é possível fazer algo de diferente no nosso País e ir mais longe!

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Sugestão...


... do dia: porque as noites de Inverno pedem boas séries acompanhadas por um bom chá ou um chocolate bem quente. Porque eu adoro séries históricas. E porque gosto imenso do Jeremy Irons deste que ouvi a sua voz como Scar na versão original do Rei Leão (sim, eu sei... Viciada em filmes Disney!) ou que o vi no filme "A Missão". Aqui vos deixo uma sugestão para a noite de hoje. Estreia no canal AXN pelas 22h45 a série "Os Bórgia", aquela que já é referida como a série do ano de 2011. Retrata a história desta família italiana de origem espanhola e inicia-se com o triunfo de Rodrigo Bórgia no conclave tornando-se no Papa Alexandre VI. Quer-me parecer que este vai ser um bom motivo para ver televisão à 4ª feira à noite.

sábado, novembro 19, 2011

Se...








... existe um programa que gosto de acompanhar é o Alta Definição que passa na SIC apresentado pelo Daniel Oliveira. Programa simples e despretensioso em que Daniel Oliveira entrevista caras conhecidas de todos os portugueses das mais diversas áreas. Programa que nos dá um conhecer um pouco de pessoas que nos entram pelas nossas casas ou que costumamos ver aparecer em revistas mas das quais não sabemos coisas tão simples como o clube de futebol ou o prato preferido. Um programa diferente e cujo sucesso acho que reside na forma descontraída como o Daniel Oliveira conduz a entrevista. Uma forma que põe à vontade e que faz com que a conversa pareça que esteja a acontecer na nossa sala. Hoje o entrevistado foi, pela primeira vez, um político. Jerónimo de Sousa. Posto a nu. Comunista. Uma pessoa normal como todos nós. Ideologias políticas à parte, o mais importante desta entrevista é mostrar-nos que homem é este, com uma infância difícil e passagem pela Guerra Colonial, mais concretamente pela Guiné Bissau. Um homem que já pisou cidades em quatro continentes, que adora Lisboa (um portuguesismo nas suas próprias palavras!) e que tem um sonho: conhecer as Ilhas Galápagos e compreender um pouco melhor o que viu por lá Darwin e o que o fez escrever o livro "A Origem das Espécies". Uma conversa ligeira e interessante que nos mostra que as pessoas são muito mais do que os ideais que seguem. Que, apesar desses ideais poderem não ser os mesmos do que os nossos, essas pessoas podem ter a capacidade de nos surpreender enormemente. E pela positiva! Sem dúvida, uma entrevista que vale a pena ver.

"Se lutares, podes não ganhar. Mas se não lutares, perdes de certeza!" - Jerónimo de Sousa

quinta-feira, outubro 27, 2011

"A...

... maior deficiência é a da alma porque origina o preconceito" (in reportagem TVI24). Faz todo o sentido: porque o principal problema reside nas nossas cabeças e não na deficiência de outra pessoa.

Aqui...

... me confesso: eu vejo o programa do Dr. Oz na SIC Mulher. Tenho destas coisas, fazer o quê! E no último programa a que assisti mais uma vez pensei no mesmo: o acesso que os americanos têm aos cuidados de saúde é desigual e injusto num país que tanto fala na igualdade de oportunidades. Como devem saber, nos EUA apenas quem tem seguro de saúde tem acesso aos cuidados de saúde. Caso contrário, não possuem capacidade financeira para pagar os cuidados de que necessitarem. Por cá, muito nos queixamos das condições que o Serviço Nacional de Saúde nos proporciona. É certo que não são as melhores mas permitem que pessoas de menores posses financeiras consigam ter alguns cuidados de saúde ainda que mínimos (é certo que depois podem não ter dinheiro para os tratamentos, exames e medicamentos...) mas sempre conseguem ter alguma coisa. Faz-me confusão a realidade americana, confesso. Acho que ainda prefiro o nosso Sistema com falhas do que a ausência total de cuidados...

terça-feira, outubro 25, 2011

De...

... cada vez que ligamos a televisão em nossas casas, temos (num grande número de casos, a maioria quiçá!) uma grande variedade de canais à escolha. Desde canais direccionados para as séries, a canais essencialmente dedicados à moda ou a documentários, canais de desporto ou até do chamado life style. É um facto que a escolha é mais do que muita e cada um pode fazer o seu zapping e escolher qual o canal que pretende assistir no momento consoante a disposição. Acho que a maioria de nós tende a não recordar o tempo em que apenas existiam dois canais de televisão, depois três e por fim quatro. Longe vão esses tempos... E ao assistir à notícia de que a televisão do Estado equaciona alienar um dos canais que possui no momento existe uma questão que se coloca: qual deles irá ser alvo desta alienação? Cá para mim, cá para mim e aqui entre nós que ninguém nos ouve palpita-me que a "sorte" (madrasta, a meu ver...) irá calhar à RTP2. Sei que não é propriamente um canal assistido pela maioria, não é um canal dito generalista mas o que é certo é que, a meu ver, um canal muito importante. Permite aos muitos portugueses que não têm acesso à TV paga (sim, que existem muitos por esse país fora mas que parecem esquecidos na maior parte das vezes...) e que não gostam propriamente de ver telenovelas em catadupa (atenção: não tenho nada contra quem o faça, apenas acho que devem ser dadas iguais oportunidades de escolha a todos) de assistirem a documentários e outros programas do género que nos permitem ir mais além no conhecimento. Espero, muito sinceramente, estar enganada quanto este meu pressentimento... E a quem não concordar com o que escrevei que me desculpe, mas é a minha humilde opinião sobre o assunto...

quinta-feira, outubro 20, 2011

Assisti...

... ontem a uma interessante reportagem na RTP1, no programa Linha da Frente, onde se falava do estado do comércio na Baixa de Lisboa. Falava-se das consequências da crise sobre os pequenos comerciantes e possíveis causas para tantas lojas emblemáticas de outrora se encontrarem, no presente, fechadas. Decididamente, a Baixa que eu conheci em pequena, onde vivi durante cerca de 1 ano e meio da minha vida, onde tantos passeios dei, onde fui baptizada e onde tantas compras fiz com os meus pais perdeu parte do encanto que sempre a caracterizou. Hoje em dia, ir à Baixa já não é uma festa nem implica vestir o fato domingueiro. Salvo uma ou outra loja de marcas internacionais bem conhecidas de todos nós, as restantes lojas parecem não atrair as atenções da grande parte dos compradores. Muitos dizem que a culpa pertence aos inúmeros centros comerciais que floresceram como cogumelos por essa cidade e arredores... Outros, menos do que os primeiros, dizem que o estado actual do comércio da baixa pombalina é, em parte, resultado da falta de modernização dos comerciantes e de não acompanharem a evolução dos tempos. Seja por um motivo ou por outro, o que é certo é que a maior parte das lojas de sempre já desapareceram e poucas parecem ter a força suficiente para aguentar os novos tempos. Sinceramente, dói ver uma parte tão bonita da minha cidade assim. Envelhecida, com a vontade de viver a querer desaparecer e já sem forças para dar a volta a um presente sombrio. Dói ver a pouca população envelhecida que ainda habita esta Baixa com tantas dificuldades em fazer as suas tarefas do dia-a-dia fruto de prédios que já viram melhores dias e que nada ajudam na sua pouca mobilidade resultante da idade avançada. Tenho pena que estejamos a deixar morrer o sonho de Pombal de uma zona da cidade bela do ponto de vista arquitectónico e a palpitar de vida. Acho que os lisboetas deveriam dar valor aos verdadeiros tesouros da sua cidade em vez de se deixarem deslumbrar por encantamentos esporádicos e de consumismo que não levam a lado nenhum. Mas acho que, infelizmente, estamos demasiado conformados com aquilo que nos rodeia... Para quem não teve oportunidade de assistir a esta reportagem, passem por aqui.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Muitas...

(imagem daqui)

... vezes pensamos, quando estamos a ver televisão, como é possível que determinados programas existam e continuem a existir durante várias edições seguidas. Quem tem o canal Discovery Travel&Living de certeza que já se cruzou com o programa Toddlers & Tiaras, um programa de grande êxito por terras do Tio Sam. Cruzar-me com ele num momento de zapping serviu para constatar algo de que já me tinha dado conta (porque não gosto de falar daquilo que nunca vi): que existem coisas que fazem sentido nos Estados Unidos mas que por cá nunca o farão (pelo menos nestes moldes e assim o espero). Para quem não conhece, este programa apresenta pequenas crianças (desde bebés de colo até por volta dos 10 anos, não muito além disso) a participarem em concursos de beleza em que vale tudo para ganhar a tão desejada tiara (que, na minha modesta opinião, mais não passa de um desejo recalcado das mães mas pronto!). Ele é bronzeado em institutos de beleza, tratamentos dentários, unhas falsas e todos os afins possíveis e imaginários para transformarem pequenas crianças em personagens (sim, porque é assim que eu vejo) que nada têm a ver com a sua verdadeira idade. Confesso que sempre me fez confusão a forma como as mães submetem as crianças a este tipo de experiências que nada trazem de construtivo para o seu crescimento. Pequenas crianças sempre gostaram de roubar peças de roupa e calçar os sapatos de salto alto das mães mas parece-me que este programa e o que nele é apresentado é já um exagero. Lembro-me sempre do caso da pequena criança americana de 5 anos, vencedora de diversos destes concursos de beleza, e que foi raptada e morta por um pedófilo. Desculpem-me se estou a ser demasiado radical mas é do que me recordo. E perguntam vocês: porque me fui lembrar agora deste programa? Porque andava a deambular por essa blogosfera fora e deparei-me com o post da Mary do aMARYcanLIFE que reflectia sobre este exacto programa e a polémica que se vive neste momento nos Estados Unidos. Ao que parece (e conforme mostra a imagem acima) houve uma mãe que decidiu vestir a sua filha de 3 anos para a competição utilizando dois dos vestido usados por Julia Roberts no filme Pretty Woman (não encontrei imagem que apresentasse os dois vestidos mas para além do que foi usado nesta fotografia, a criança surgiu também com um outro vestido deste filme, um vestido castanho com bolas brancas). Logo se levantaram inúmeras vozes sobre o tema, muito escandalizadas, a afirmar que se está a sexualizar as crianças. Pelos vistos, foi necessário uma pequena criança aparecer vestida com o traje de prostituta que Julia Roberts usou no filme para "acordarem todos para a vida". Pois... Porque tudo o resto que fazem neste tipo de competições não são um excesso... Pois... Será que vão agora tomar a decisão acertada de tirar este programa do ar?

quarta-feira, setembro 21, 2011

Porque...

... existem palavras que são absolutamente deliciosas e merecem ser partilhadas:
"A que te sabe este gelado? (...)
Sabe-me a vida!"

Ricardo Carriço (Fama Show, 18SET2011)

segunda-feira, setembro 12, 2011

Será...


... desta forma que Andy Whitfield (17JUL1974, Reino Unido - 11SET2011, Austrália) será sempre recordado através da personagem de Spartacus, provavelmente a sua interpretação mais marcante (pelo menos na minha humilde opinião). Através do comunicado de ontem da sua mulher Vashti à radio ABC (Austrália): "Numa linda manhã de Sidney, rodeado pela sua família e nos braços da sua esposa, o jovem Andy Whitfield perdeu a batalha de 18 meses contra o cancro" foi dada a notícia ao mundo da morte deste jovem actor que se encontrava a lutar contra um linfoma de Non-Hodgkin (fonte: Publico.pt). Apesar da curta carreira, fica um papel carismático como protagonista da série Spartacus, em exibição na Fox Life, e a mensagem de luta ao longo de 18 meses de alguém que considerava que, apesar de tudo, era um sujeito com muita sorte.

terça-feira, setembro 06, 2011

Eu...

... nem costumo ser propriamente destas coisas mas... Desde quando é que o fiambre é lacticínio, hem? Espero não ferir susceptibilidades mas ao ouvir o anúncio sobre o cabaz família de lacticínios do Pingo Doce é a única coisa que consigo pensar...

quinta-feira, setembro 01, 2011

Não...

(imagem daqui)

... quero parecer repetitiva mas hoje deu-me para isto! Aqui fica uma sugestão de uma série que irá estrear na Fox Life a 12SET: The Kennedys. Conta com as interpretações de Greg Kinear como John F. Kennedy (JFK) e de Katie Holmes como Jackie Kennedy. A série pretende mostrar episódios das vidas dos dois membros mais conhecidos do clã Kennedy, JFK e Bobby Kennedy, ambos abraçaram a vida política e ambos morreram assassinados. Apesar de ainda não ter estreado por cá, nos Estados Unidos está já nomeada para dez Emmy como os de Melhor Actor, Melhor Caracterização e Melhor Fotografia, só para mencionar alguns. Esta rentrée está a parecer-me bastante bem ao nível de estreias.