... palavras que parecem escritas por mim...
O problema nem é ser segunda-feira, nem é o facto de estar este temporal e uma pessoa ter saído de casa já em stress e levar com aquele trânsito lindo e típico destes dias (e de outros em Lisboa, nada a fazer). O problema nem é a molha que já apanhei, o frio no estômago que já enfrentei, o plano de acção que me deram e que nem sei por onde pegar, a voz que me falta (estou afónica de tal maneira que ninguém me percebe) e esta dor de cabeça tão engraçadinha que chega sempre à segunda-feira (mas convém dizer que facilitei a vida às minhas amigas enxaquecas, dormi pouco mais de cinco horas, queria o quê). Com isto tudo posso eu bem. O problema, o grande, enorme, abismal problema é esta minha mania de esperar sempre mais dos outros, ter sempre grandes expectativas e comparar aquilo que espero dos que me rodeiam com aquilo que estou disposta a fazer por eles. Isto, meus amigos, é um defeito complicado de gerir. Porque gera frustração, a frustração leva à desilusão e se há coisa nesta vida que me dá cabo da cabeça (bem mais do que enxaquecas) são desilusões com pessoas de quem espero{esperava}muito mais.
Em síntese (hoje podia viver só de sínteses, era uma maravilha): urge deixar de ser Bambi. Tout court.
escrito pela Miss Glittering no seu às nove no meu blogue.
tão verdade.
ResponderEliminarMas ao mesmo tempo, o medo que dá perceber que cada vez mais temos a tentação de desconfiar. Estamos a perder a confiança em quem nos rodeia e, pior, começamos a encarar esse facto com banalidade.
Engraçado como a simplicidade e complexidade das coisas se mistura aqui. E essa expectativa falada é o erro em que todos os seres humanos caiem***
ResponderEliminar@Cláudia: é mesmo isso que me preocupa e muito, Cláudia. O estarmos a ficar cada vez mais desconfiados de todos os que se cruzam connosco porque parece que ninguém tem boas intenções e que apenas tentam essa aproximação pro interesse. Parece que as pessoas deixaram de ser genuínas e já não prezam a verdadeira amizade e as verdadeiras relações. E isso é triste...
ResponderEliminar@vanessa: é que é mesmo..