Parece...

... que os dois principais assuntos dos últimos dias são mesmo as promoções de 50% do Pingo Doce no dia 01 de Maio e a produção (sim, porque pelos vistos produz-se alguma coisa em coisas deste género para grande desgosto do Ricardo Araújo Pereira na Mixórdia de Temáticas da Comercial...) da Rita Pereira para a Playboy. 

Bem... Quanto ao primeiro assunto, tenho andado estes últimos dias naquela de "escreve, não escreve" pois acho que não existe já muito mais a dizer sobre aquilo a que se assistiu nas lojas do Pingo Doce por esse país fora. É certo e sabido que qualquer tuga que se preze adora promoções, sejam elas em pequeno ou em grande. O que se pretende sempre é comprar mais por menos. Ver muitos produtos nos sacos das compras e poucos euros no talão que sai da caixa registadora. E no meio de todas imagens que tive oportunidade de ver (sim, porque eu não fui em aventuras de entrar no Pingo Doce apesar de existir um bem perto de minha casa...), tanto na televisão como nas partilhas no Facebook, apenas uma questão me surgiu na mente: será que todas as pessoas que suportaram 7 horas dentro de uma loja do Pingo Doce no feriado que é dedicado a todos os trabalhadores precisam efectivamente de tudo aquilo que compraram? Será que gastar cerca de 500€ para poder pagar apenas 250€ conseguiu compensar alguma coisa no meio de toda aquela loucura? Parece-me que ver pessoas a sair com carrinhos cheiros de caixas de minis e de whiskey foge um pouco daquilo que seria aproveitar estas promoções para rechear a despensa com bens de primeira necessidade. E não me venham com a desculpa de que como já não havia leite, cereais ou arroz nas prateleiras e porque já que se estava dentro da loja, havia que comprar qualquer coisa para fazer justificada a aventura. Faz-me confusão. A sério que faz. Nada contra quem teve a coragem (sim, porque acho que foram verdadeiros actos de coragem...) de passar o seu feriado numa loja Pingo Doce. Cada um faz do seu dinheiro aquilo que bem entender. Mas será que faz sentido ter "empatado" tanto dinheiro dentro de armários da cozinha em momentos difíceis e em que os euros podem fazer falta para situações mais críticas do dia-a-dia como seja a saúde? 

Depois a Rita Pereira... Ao contrário de muita gente que estava à espera de chicha à mostra (utilizando a expressão da Mixórdia de Temáticas), parece que senhora dona Rita aparece vestida demais nas fotos da revista Playboy. Dizem que é o acabar da imagem da juventude de muitos moços por esse país fora que sempre acreditaram que, para ver mulheres descascadinhas e como vieram ao mundo, era só abrir as páginas da referida publicação. É o terminar com uma educação de tantas gerações, o deitar por terra de uma tradição que alimentava o cérebro de muito rapaz... Até a crise chega a estas coisas! Já pensaram como vai ser com todos estes jovens (e menos jovens, de certeza...) que esperavam ver a Rita Pereira um pouco mais despida? Já viram que apenas estão a abrir inúmeras caixinhas de Pandora da depressão para todos estes cérebros masculinos que estavam à espera de muitos mais? A menos que isto seja para alimentar a indústria farmacêutica dos medicamentos anti-depressivos, temos aqui uma situação muito grave em mãos. Porque agora seremos nós, as mulheres reais que não têm photoshop para fazer desaparecer a celulite, quem terá de aturar estes homens descontentes...

E depois ainda dizem que este país vai mal e está em crise...